O controle emocional é uma das principais habilidades de uma boa negociação
Quantos profissionais deixam de efetuar uma venda por que não sabem lidar com as
emoções? Quantos acordos deixam de ser feitos por causa de uma reação, atitude
ou descontrole de uma das partes? Hoje, saber lidar com as emoções tornou-se uma
habilidade muito importante para o profissional que deseja desempenhar bem o seu
papel no mundo corporativo. E, controlá-las não significa esconder ou sufocar um
sentimento dentro de si, ao contrário, é saber usá-las da melhor maneira, sem
exageros e em seu favor.
Muitos profissionais, embora competentes, perdem oportunidades de promoção,
colocação e até de recolocação por causa de atitudes decorrentes de sentimentos
como raiva, tristeza, medo, excesso ou falta de confiança, frustração, alegria,
entusiasmo, inveja, prepotência, entre muitos outros. Não adianta uma pessoa ser
competente tecnicamente se não possuir a habilidade de lidar com as suas
emoções, sejam elas negativas ou positivas. A falta de habilidade em controlar
as emoções pode afetar o relacionamento com os colegas de trabalho, amigos,
família e prejudicar a sua performance.
Segundo Hendrie Weisinger, autor do livro Inteligência Emocional no Trabalho, a
inteligência emocional é simplesmente o uso inteligente das emoções, ou seja,
fazer intencionalmente com que seus sentimentos trabalhem em seu favor. Por
exemplo, existem pessoas que diante de um erro, insucesso ou adversidade se
abatem mais do que as outras e passam a "curtir" o sentimento negativo por mais
tempo. Reagem de forma exagerada e não sabem controlar suas emoções. Acabam se
estressando mais do que deveriam e contagiando negativamente as pessoas que
estão ao seu redor. O simples fato de uma impressora não funcionar pode ser
motivo de um descontrole e nervosismo.
Mas, assim como as emoções negativas podem causar perdas e trazer transtornos,
as positivas também podem prejudicar e muito. Um exemplo disso é o entusiasmo.
Quando ele é exagerado pode se tornar impulsivo e até forçado. A pessoa se
empolga tanto por um novo projeto que acaba se oferecendo para dirigi-lo mesmo
já tendo outras obrigações a cumprir. A alegria também é outro sentimento que
deve ser controlado. Imagine você gabar-se da promoção que conseguiu com os
colegas sem perceber que entre eles está um que foi rejeitado para essa mesma
promoção.
Também existem aqueles que quando alcançam um cargo de diretoria não conseguem
suportar os efeitos emocionais advindos das novas responsabilidades e entram em
crise. Os sentimentos de alegria, de conquista e de satisfação podem gerar
atitudes negativas como arrogância, desprezo pelos colegas e prepotência. Saber
dar ou receber um elogio é tão importante quanto criticar ou aceitar uma
crítica. Portanto, tanto na vida profissional quanto pessoal leve sempre em
conta que mesmo possuindo várias habilidades, simpatia e qualidade, o que vai
contar mesmo para o seu reconhecimento será a sua competência emocional. Pense
Nisso!