Parar de trabalhar e aproveitar a vida na maturidade parece um bom plano para
quem já dedicou mais de 30 anos à profissão. Entretanto, largar a lida diária e
viver dos rendimentos da previdência social pode representar uma queda drástica
no padrão de vida de muitas famílias.
Uma opção para os que pensam no futuro é investir em um plano de previdência
complementar - também conhecida como previdência privada. A previdência privada
é uma poupança de longo prazo, recomendada para quem recebe mais do que o teto
de benefício da Previdência Social.
Como funciona?
Numa primeira fase, o poupador acumula renda, com seus depósitos regulares em
fundos que rendem mensalmente. A porcentagem de rendimento varia de acordo com
as aplicações feitas pelo administrador do plano.
O investidor pode escolher o valor que deseja depositar, por quanto tempo e
quanto vai receber mensalmente no futuro. A legislação que regulamenta os planos
não exige depósitos periódicos para alguns planos. Os depósitos podem ser feitos
à medida que haja recursos disponíveis, dentro do que for contratado com o
administrador.
Na segunda fase recebe o benefício acumulado, que chega no momento programado
pelo poupador. Nesta fase, o valor acumulado durante o período não deixa de
render enquanto é sacado.
Para receber o benefício, o investidor pode optar pelo saque integral do
valor investido (pecúlio) ou pode escolher receber mensalmente uma parcela, que
pode ser por um período determinado ou renda vitalícia.
A legislação permite que o contribuinte saque os recursos antes da fase de
recebimento dos benefícios. No entanto, o participante precisa cumprir um prazo
de carência, que varia conforme o tipo de plano. Nos planos de Garantia Mínima o
prazo de carência é de 12 meses e nos PGBLs varia entre 60 dias e 24 meses. Os
Fapis não têm carência, mas se ocorrer saque antes de completar um ano, o
participante vai pagar 5% de IOF(Imposto sobre Operações Financeiras).
Após o vencimento do prazo de carência dos planos de previdência, o
participante pode suspender ou cancelar o pagamento das contribuições. Nesse
caso, para alguns tipos de contrato, como a taxa de carregamento cobrada é maior
nos primeiros anos, a despesa com os custos pode reduzir o valor acumulado.