Percebe-se, a cada dia, que o mercado torna-se mais
competitivo e a venda fica mais difícil, quer seja de um produto ou de um
serviço. Ainda mais hoje, com a cultura da venda multicanal: presencial, por
telefone ou internet. O consumidor, mais que nunca, encontra-se em uma zona de
conforto em que pode escolher produto, serviço, preço e condição de compra.
Atualmente, o cliente vai às compras bem preparado por uma plêiade de
especialistas de mercado, para poder fazer o melhor negócio. O vendedor também
deve estar preparado para entender e responder a tal poder de argumentação e
negociação. O cliente aborda o vendedor já com uma série de regras em mente:
PLANEJAMENTO – Saiba exatamente do que você precisa, o que você quer comprar e
quanto pode pagar. É um modo de evitar pagar mais caro por algo desnecessário,
pagar prestações com juros ou levar um produto similar, mas inferior.
QUEBRE O GELO – Tanto faz se você estiver na feira ou comprando um carro novo.
Todo mundo gosta de rir e de trabalhar em um clima descontraído. Comece a
conversa com uma piada sobre a situação. Assim, o clima de impessoalidade se
rompe e o vendedor pode ficar mais aberto à negociação.
SEJA SÉRIO – É hora de mostrar que ninguém ali está disposto a perder tempo: de
acordo com a negociação, você pode levar o produto para casa. Mas cuidado para
não demonstrar que você está louco para comprar – o camarada do outro lado do
balcão pode se sentir por cima e descobrir que não precisa negociar.
MENOS QUE O MÍNIMO – Comece a pechincha propondo um preço um pouco menor que
aquele que você realmente pode pagar. Essa é ótima para abrir uma boa margem de
negociação e instaurar os termos da negociação. E você ainda pode dar sorte de o
vendedor aceitar de cara sua proposta inicial.
SEJA GENTIL – Não transforme a discussão em uma guerra pelo menor preço. O
vendedor pode recusar um desconto só para não ter o orgulho ferido. Em vez de
desmerecer o produto, aja com humildade, fazendo seus argumentos parecerem que
não são contrários aos dele.
PALAVRAS PROIBIDAS – Não desvalorize o ofício do outro. Sobretudo se você
estiver negociando o preço de um serviço prestado por alguém, evite expressões
como “não vale tanto assim” e “essa é minha última proposta”.
DEIXE FALAR – Deixe o vendedor argumentar o quanto quiser – ouvi-lo atentamente
não significa concordar com ele. Pelo contrário. Bem tratado, ele terá mais
vontade de ouvir seus argumentos. E a conversa toda pode render um bom
abatimento no preço final.
À VISTA PARCELADO – Um jeito eficiente de pechinchar é pedir um desconto no
preço a prazo se for pago à vista, e depois fazer o que era à vista a prazo. Uma
geladeira que custa dez parcelas de 1800 reais sai por 1200 reais se paga à
vista. E esse preço à vista pode ser facilmente parcelado em três vezes.
SAIBA DIZER NÃO – Se a fase da pechincha acabou e o preço ainda não é o que você
quer, não tenha medo de dizer ao vendedor que não vai comprar. Peça ao vendedor
para anotar a oferta – ela pode servir de argumento na loja seguinte.
NÃO DESISTA NUNCA! – Conseguiu o preço ideal? Então agradeça ao vendedor, diga o
quanto gostou de negociar com ele, guarde o nome do sujeito. Se você for àquela
loja com freqüência, a pechincha terá meio caminho andado. Mas lembre-se: o bom pechinchador pechincha até na hora de preencher o cheque. Dá pra tirar os
quebrados do preço?
Qual é, então, a melhor atitude do vendedor frente ao desafio da venda?
Vender com galhardia, eu diria, é o melhor posicionamento.