Século XXI. Era da globalização, marcada por grande competitividade, mudanças e
incertezas, onde todos estão voltados para resultados e, por conseguinte,
preocupados com desempenhos. Tornou-se imprescindível, então, que para a
obtenção da eficiência e eficácia, cada empresa elabore e mantenha sempre
atualizado o plano de carreira de seus colaboradores.
O plano de carreira contribui para que a organização não apenas sobreviva
neste mercado altamente competitivo, mas faça o seu diferencial, se tornando
sólida, através de seus colaboradores. Ele deve ir ao encontro da missão e visão
da própria empresa, conciliando objetivos e benefícios organizacionais, com os
dos profissionais, aliando-se então os interesses da empresa como os de seus
colaboradores. Assim, pautados na ética, nos valores, princípios e na cultura
organizacional, o plano de carreira deve cooperar para o alcance do
desenvolvimento e crescimento tanto do profissional como da corporação,
alcançando diferencial no mercado e gerando sucesso.
A empresa do Século XXI tem plena consciência que a causa maior de sua
existência, são seus clientes, seja no âmbito interno e/ou externo. Por isso,
deve zelar e cuidar dos mesmos, buscando sempre satisfazer às suas reais
necessidades. Verifica-se que, quando há satisfação, existe uma relação de
doação, de prazer, de entrega e, como conseqüência, o alcance da produtividade
com qualidade.
A partir da elaboração de um plano de cargos e salários é que a empresa
deverá implantar e implementar o plano de carreira. Portanto, ao elaborá-lo, a
corporação deverá fazer um diagnóstico de suas reais necessidades, atentar
quanto à estrutura, política salarial a ser a adotada, remuneração, cargos. Além
disso, verificar perfis dos profissionais coerentes com os cargos, metas,
capacidades e competências, visando sempre atender aos objetivos e às
expectativas da organização e dos profissionais que compõem tal organização.
É preciso que fiquem bem claras as progressões, tanto em âmbito vertical como
horizontal, e que sejam definidos como e quando o profissional alcançará o
crescimento. Vale ressaltar a importância de oferecer igualdade de oportunidade
a quem de direito, valorizando assim cada colaborador e evitando desta forma um
descontentamento, o que poderia gerar futuros dissabores.
É inaceitável que um colaborador qualificado seja preterido em uma promoção
com favorecimento de outro menos capacitado por conta de uma decisão gerencial
injusta ou nitidamente equivocada moralmente/eticamente. Não há nada pior em uma
empresa do que um colaborador desapontado por uma decisão empresarial incorreta.
Certamente ele se tornará um potencial inimigo na corporação, comprometendo o
bom nome da mesma, conquistado a duras penas.
Pensando no alcance dos resultados, a empresa deverá liberar recursos
destinados à profissionalização e ao aperfeiçoamento de seus profissionais, que
somados com envolvimento e comprometimento irão alcançar o desenvolvimento e
crescimento esperado, o que não impede que cada profissional também tome tal
iniciativa.
A elaboração de um plano de carreira implica relação de pensar e repensar o
passado e o presente, bem como o futuro de forma cautelosa e com muita
transparência nas ações, envolvendo todo um trabalho de equipe. Além da
participação do Departamento de Recursos Humanos da empresa, o ideal é que esta
equipe seja composta por multiprofissionais, devendo ter a participação efetiva
de todos os envolvidos. Vale lembrar que todo plano de carreira deverá ser
flexível, estar aberto a mudanças e adaptações, pois poderá sofrer quaisquer
alterações ao longo de todo o processo.
O plano de carreira irá colaborar para a valorização dos profissionais da
organização, concebendo-os como um ser humano, ser bio-psico-social, que pensa e
possui talentos, conhecimentos, capacidades, anseios e necessidades diversas e é
capaz de contribuir e muito para que a empresa faça a diferença no mercado.
Os benefícios da companhia que possui plano de carreira implantado e
implementado são inúmeros. Dentre eles, podemos destacar a seleção interna de
pessoal de forma mais consciente e, portanto, tendo mais chance de acerto na
escolha, a intensificação do relacionamento da empresa para com o colaborador,
além de conseguir que os funcionários atuem motivados, contribuindo com o
desenvolvimento profissional e organizacional.
Lembramos que, no Século XXI, o plano de carreira deverá ser de
responsabilidade de cada profissional. Portanto, se a empresa não o fizer, o
profissional deverá ter a consciência que, para permanecer no mercado e não ser
pisoteado, correndo risco de expulsão, este deverá elaborar o seu plano.