Investimentos / Fundos - Como escolher o fundo certo para investir
Como escolher o fundo certo é uma das principais dúvidas dos investidores.
Quando se deve investir em fundos DI? E em fundos multimercado? Os fundos de
ações devem ser evitados em épocas de crises? E os fundos cambiais são uma boa
opção de investimento?
A resposta a estas perguntas exige um pouco de conhecimento sobre como funciona
cada fundo. A seguir, você encontra um resumo do que é cada fundo, na definição
da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e os aspectos positivos e negativos a
avaliar antes de investir.
Algumas dicas foram dadas pelo professor de Finanças William Eid, da Fundação
Getúlio Vargas de São Paulo.
Fundos Referenciados DI
Os fundos referenciados são chamados assim porque têm por objetivo acompanhar um
indicador de desempenho. No caso dos fundos DI, a meta é a
variação diária das taxas de juros..
Por isso, sua carteira é composta, no mínimo, de 95% de títulos ou operações que
buscam acompanhar as variações da taxa Selic (taxa
de juros básica da economia, ditada pelo Copom -
Conselho de Política Monetária) ou do CDI.
O CDI é um certificado de depósito interbancário, cuja taxa representa o custo
do banco para captar dinheiro, ou seja, fazer um empréstimo em outro banco.
Aspectos positivos: por ser composto de títulos pós-fixados, este fundo
se beneficia de um cenário de taxas de juros mais altas, mas oferece proteção a
todas as carteiras. Na opinião de especialistas, deve compor a base de qualquer
investimento.
Aspectos negativos: altas taxas de administração corroem a rentabilidade
do fundo. Taxas acima de 1,5% ao ano equiparam a rentabilidade do fundo à
poupança.
Fundos de Renda Fixa
Estes fundos devem aplicar no mínimo 80% de seu patrimônio em títulos de renda
fixa prefixados (que rendem uma taxa de juro previamente acordada) ou
pós-fixados (que acompanham a variação da taxa de juros ou um índice de preço).
Aspectos positivos: este fundo beneficia-se de um cenário de redução das
taxas de juros, por ter em sua composição papéis prefixados.
Aspecto negativo: cenário de taxas de juros muito baixas tornam o
investimento pouco atraente.
Fundos de ações
São fundos que investem no mínimo 67% de seu patrimônio em ações negociadas em
Bolsa. Dessa forma, estão sujeitos às oscilações de preços das ações que compõem
sua carteira. Alguns destes fundos têm como objetivo acompanhar a variação de um
índice do mercado acionário como o Ibovespa ou o IBX.
Aspectos positivos: em cenários de queda de juros e crescimento
econômico, tende a propiciar grande retorno de investimentos. Deve ser encarado
como investimento de longo prazo.
Aspectos negativos: alto risco. Os recursos investidos devem ser de longo
prazo. Jamais investir valores de que irá necessitar em curto período de tempo
ou com os quais não se pode arriscar. Em épocas de crise, os fundos de ações
costumam sofrer fortes oscilações, mas isso não significa que não se pode
encontrar boas ofertas. Por isso, é importante estar preparado para este
mercado.
Dica: Segundo o professor William Eid, para
quem não tem nenhum conhecimento, o melhor é investir em ações por meio de
fundos. A formação da carteira própria exige maior conhecimento de mercado.
Fundos Multimercado
São fundos que envolvem vários fatores de risco, pois combinam investimentos nos
mercados de renda fixa, câmbio, ações, entre outros.
Além disso, utilizam-se ativamente de instrumentos de derivativos para
alavancagem de suas posições ou para proteção de suas carteiras (hedge).
Por apresentarem grande flexibilidade, dependem muito do talento do gestor na
escolha do melhor momento de alocar os recursos, na seleção dos ativos da
carteira e no percentual do patrimônio que será investido em cada um dos
mercados.
Aspectos positivos: podem garantir um retorno maior em cenário onde se
avista queda nas taxas de juros. O conselho do professor William
Eid é que o investidor tome os mesmos cuidados com
relação ao fundo de ações: não invista um dinheiro de que vá necessitar em
breve. Observe também a consistência do gestor. "Veja se ele figura entre os
melhores gestores em diversos rankings, e não apenas
por um desempenho aleatório", ensina Eid.
Aspectos negativos: risco moderado, podendo resultar em rentabilidade negativa. Não
investir valores que têm data marcada para retirar.
Fundos Cambiais
Estes fundos devem manter, no mínimo, 80% de seu patrimônio investido em ativos
que sejam relacionados à variação de preços de uma moeda estrangeira ou à uma
taxa de juros (o chamado de cupom cambial).
Os fundos cambiais dólar são os mais conhecidos, mas os fundos cambiais
euro começam a ter procura.
Aspectos positivos: servem como proteção para as pessoas que terão gastos
na moeda estrangeira, por exemplo, para viajar ou pagar contas.
Aspectos negativos: para o professor William Eid,
este tipo de fundo não deve ser utilizado como investimento, mas apenas como
proteção nos casos citados acima.
Referência:
financenter.com.br
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