Entre as opções para garantir uma aposentadoria mais tranqüila
estão os planos de previdência complementar. As modalidades mais comuns são o
PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício
Livre).
Ambos permitem que você acumule recursos por um determinado
período para desfrutar o benefício a partir da idade que você escolher se
aposentar. O período de contribuição até a aposentadoria e o valor mensal que
você deseja aplicar vão definir o valor do seu benefício no futuro.
Entretanto, como em qualquer investimento é preciso pesquisar
quais são os riscos e os retornos envolvidos. Além disto, você deve se informar
sobre a taxa de administração do plano, que é um percentual calculado sobre o
patrimônio do plano, com provisão diária e pagamento mensal e na taxa de
carregamento, que é um percentual que incide normalmente sobre o valor aplicado
nestes planos, percentual esse que pode chegar a 5%.
De olho na tributação
Um dos benefícios dos planos de previdência do tipo PGBL é o
benefício fiscal. Os contribuintes que declaram seu imposto de renda pelo
formulário completo e possuem imposto a pagar, podem deduzir os valores
investidos no plano até 12% de sua renda bruta tributável, na declaração de
renda anual.
Contudo, os especialistas recomendam o VGBL para quem não tem
renda tributável, pois essa modalidade de plano de previdência não permite
dedução do IR, por outro lado, apenas os rendimentos serão tributados quando
forem realizados resgates.
Outro ponto relevante para a tributação nestes planos é o prazo
do investimento. O benefício fiscal (redução da alíquota de Imposto de Renda)
obtido a longo prazo é valioso. Se você investir em um plano com a opção da
tributação regressiva poderá ter a alíquota do imposto de renda sobre os
rendimentos reduzidos a até 10%, caso suas contribuições para o plano sejam
superiores a dez anos. Por outro lado, aplicações de curto prazo saem caras
porque a tributação pode ser muito alta. Resgates com prazo inferior a 2 anos
pagam 35% de imposto de renda.
Tanto o PGBL quanto o VGBL não asseguram rendimento mínimo, nem
mesmo para cobrir a inflação, mas repassam toda rentabilidade líquida obtida
para os cotistas. É importante acompanhar sempre a evolução das cotas e a
rentabilidade proporcionada pelo plano para checar se o valor acumulado vai
mesmo cobrir todas as suas despesas quando você se aposentar.
Quais são os riscos?
Como se trata de uma modalidade de seguro, um dos riscos que
você corre ao contratar um PGBL ou VGBL é o de morte prematura. Se isso
acontecer, o saldo ficará à disposição dos beneficiários legais escolhidos pelo
titular do plano (você), que terão direito a receber o valor até que se complete
o número de anos do contrato ou sacarem o saldo acumulado no plano.
Há também o risco da seguradora proprietária do plano ir à
falência. Por isso, muito cuidado na hora de selecionar a seguradora que você
fará seu plano de previdência. Como trata-se de um investimento de longuíssimo
prazo, vale a pena buscar uma instituição muito sólida. Você pode obter mais
informa& ccedil;ões sobre as seguradoras no site da Superintendência de Seguros
Privados (www.susep.gov.br).