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Carreira / Emprego - Intriga! A erva daninha que destrói uma organização  

Data: 14/11/2008

 
 

“Um clima saudável aceita a diferença de opinião, a discussão acalorada e até um certo nível de estresse, mas repudia fatos desagregadores como assédio moral, intriga e estrelismos. Coisas assim, não fazem parte da ordem do dia nas empresas que têm, em sua cultura, uma vantagem competitiva”. Eugênio Mussak - Revista VOCÊ S/A (Editora Abril, Fevereiro de 2007).

Pode-se afirmar que o Século XXI, apesar de ser a era da cooperação, colaboração e união, não impede de surgir dentro da organização a erva daninha da intriga, que caminha de forma aliada com a inveja. Assim, o que se percebe é que ela aflora com toda força e isso requer de cada profissional a sabedoria, no que tange ao seu gerenciamento.

O profissional deve agir com inteligência, não deixando que boatos maliciosos e “fofoquinhas” prejudiquem sua vida no ambiente de trabalho. A intriga muitas vezes surge devido ao fato da competência e do sucesso alheio que, além de magoar, produz o incômodo de “confrontar” o outro.

É desconcertante observar como o sucesso incomoda muita gente incompetente. Se você parar para pensar, irá perceber que os causadores das intrigas, além de não conseguir fazer com que sua vida profissional caminhe como deseja, não possui sequer produtividade alguma, pois ocupa seu tempo em prol de “armações”, tentando prejudicar os colegas.

A essas pessoas deve-se dar atenção especial. De início deverá ser tentado um trabalho intensivo (psicológico, terapias etc.) no sentido de tentar mudar tal atitude. Se não conseguir sucesso, o único recurso é a demissão, uma vez que tais pessoas são nocivas em qualquer empresa.

O líder tem que ser inteligente e ter essa percepção, identificando o problema e quem são os envolvidos, para não deixar que a erva daninha, como a intriga, ganhe força, e, por conseguinte prejudique o ambiente de trabalho e a produtividade, pois, isto causaria um grande transtorno para a organização. É de suma importância que o líder saiba filtrar o que escuta, tanto dos maledicentes de plantão, quanto o que ouve no corredor, pois deverá ter o máximo de cautela para não prejudicar o próximo e nem a si mesmo.

Na vida profissional há todo tipo de gente: existem os que se entregam de corpo e alma em tudo o que se propõem a fazer, e por conseqüência alcançam o sucesso; e os que nada fazem, mas querem que o resultado “caia do céu”. Estes, então costumam querer obter o resultado esperado através da bajulação, através de boatos, traições e intrigas, ou seja, tudo que desejam é tentar “derrubar” o outro, a qualquer custo.

Podemos dizer que, no mundo dos negócios, essas pessoas se tornam especialistas em fazer o mal. Esse tipo de profissional faz do mal um hábito, realizando planos mirabolantes, fazendo tudo de forma detalhada, mas não em prol da organização, e sim com o objetivo de prejudicar o colega, o que é lamentável.

Por este raciocínio percebe-se que o mais interessante é que as intrigas, assim como as fofocas, têm um custo alto. O profissional deixa de produzir para dedicar o seu precioso tempo conspirando contra os outros; enquanto isso, a organização perde e muito. Por conseguinte, os demais profissionais podem podem ficar ressentidos e aquele que é vítima da maledicência perde muito na produtividade, criatividade e melhoria contínua, tornando o ambiente de trabalho, bem como a convivência, um grande obstáculo.

É importante ressaltar uma curiosidade: alguns líderes se deixam influenciar por determinados funcionários invejosos e maquiavélicos, não enxergando que o colaborador competente prejudicado é de grande valia para a sua organização. Deixa, então, consumar o “arrastar do tapete”, no entanto, quem acaba sendo o maior prejudicado, talvez, seja a própria organização. Dessa forma, deixa de ganhar um grande profissional, que com certeza contribuiria muito para que sua empresa “decolasse” no mercado.

Sabedor de que o maior bem que uma organização possui são os profissionais que a compõem, este líder deve reconhecer certos limites e saber de fato gerenciar, mostrando aos “joios” que o líder da organização é ele. O gestor é quem rege a orquestra, pois ele é o maestro da organização, e não a erva daninha a ser eliminada; do contrário, as intrigas e fofocas ganharão força total e irão muito além, causando dificuldades e transtornos à empresa.

Nesse contexto, o profissional deve conscientizar-se que está no serviço para trabalhar, para contribuir com a organização com seus conhecimentos, habilidades e talentos. Portanto, está em prol da empresa; está sendo remunerado para realizar suas atribuições. O mínimo que se tem a fazer é esquecer a vida alheia e dedicar-se muito, desempenhando suas funções de modo a alcançar resultados além do esperado; deve-se manter o foco no trabalho.

Será necessário enfatizar que - nesta era de desafios, incerteza, grande competitividade - este tipo de profissional “intriguento”, o qual não se conseguiu recuperar com iniciativas na empresa, já citadas acima, deve ser banido da organização. A razão para esta atitude é a de ele não ser um colaborador, não representar uma soma dentro da organização, sendo um inimigo em potencial, levando todos, bem como a própria empresa, ao inevitável naufrágio.

Isto posto, o líder deverá saber administrar o problema, pois as maledicências desencadearão conflitos. Se o mesmo não estiver disposto a passar por um estresse e/ou um desgaste desnecessário, estas intrigas poderão impulsionar a demissão voluntária de um exímio profissional; isso faria com que a organização, além de perder grandes talentos, fique comprometida perante o mercado. Em resumo, todos saem perdendo, quando o propósito é ganhar.



 
Referência: rh.com.br
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