Um plano de desenvolvimento de performance foi a ferramenta utilizada pelo
engenheiro Renato César Pereira, 29, coordenador de desenvolvimento logístico da
Unilever, para mudar de cargo.
Auxiliado pela área de RH (recursos humanos) e por sua gerência direta, Pereira
conseguiu sinalizar seu interesse por uma outra posição dentro da mesma área em
que trabalhava. "Meu cargo hoje tem status maior, salário mais alto e me
conferiu uma posição estratégica, mais próxima aos cargos decisórios", afirma
ele.
Para se tornar mais atraente ao cargo pretendido, o engenheiro investiu em um
MBA, buscou mais conhecimento organizacional da empresa e passou a encarar
demandas como oportunidades.
O planejamento tático definido por ele foi arquitetado um ano antes da mudança e
apresentado aos superiores. "A oportunidade aconteceu porque consegui ser
atrativo para o novo cargo. Treinei bastante, e o técnico sabia que eu estava à
disposição", diz.
"Cada funcionário desenvolve um papel específico no grupo. Eu soube identificar
qual era o meu, corrigi minhas deficiências e preparei uma trajetória muito
clara para alcançar o que queria."
Disciplina
Para os consultores entrevistados pela Folha, definir um esquema tático, assim
como fez Pereira, é fundamental para que o resultado desejado possa ser
alcançado em menos tempo.
"Criar uma estratégia significa ter disciplina e foco, o que evita ações
pulverizadas e valoriza a disposição do funcionário", afirma Marcos Baumgartner,
consultor do Senac-SP.