O primeiro obstáculo você venceu: finalmente conseguiu organizar suas contas
e adquiriu o saudável hábito de poupar. No caminho certo, tem à sua frente uma
nova conquista: investir!
Nessa hora, o medo de perder o que conquistou com tanto esforço e disciplina é
bastante natural. Justamente por isso, é preciso estar pronto para tomar a
melhor decisão, observando alguns aspectos importantes para que opte pela
alternativa mais segura.
Qual o seu objetivo de investimento?
A decisão de investir varia de acordo com nossos objetivos. Por essa razão, você
precisa ter essa resposta em mente: qual a sua meta: pretende comprar uma casa,
pagar seus estudos, garantir um pé-de-meia para emergências? Com base nisso,
você poderá definir, por exemplo, o prazo pelo qual poderá manter o dinheiro
aplicado.
E por que essa informação é tão importante? Simples: quanto mais tempo você
tiver para alcançar o seu objetivo, mais risco pode correr (pois caso venha a
sofrer perdas, terá um prazo maior para recuperá-las).
Da mesma forma, quanto maior o prazo, menor a necessidade de liquidez
(facilidade de transformar uma aplicação em dinheiro). Portanto, quando o prazo
é longo, você tem mais tempo para isso, e a necessidade de liquidez é menor.
Que tipo de risco quer correr?
É extremamente difícil chegar a uma medida de risco que valha para todas as
pessoas, já que cada um encara riscos de uma forma distinta. Podemos usar
esportes para ilustrar isso: para alguns, o alpinismo pode parecer extremamente
arriscado. Já para outros, é uma prática bastante segura, com equipamentos
específicos com essa finalidade.
E qual o seu perfil de risco? De maneira geral, pode-se afirmar que, se você
perde o sono com a oscilação de preço dos seus investimentos, e tem como maior
preocupação a proteção do seu dinheiro, o melhor é optar por aplicações mais
conservadoras (como a renda fixa, por exemplo).
Por outro lado, se você está preparado para as oscilações do mercado e tem como
objetivo fazer o seu dinheiro crescer, provavelmente vai se interessar por
aplicações mais arriscadas (como é o caso da renda variável).
Qual a sua situação financeira e patrimonial?
Mas o seu perfil frente ao risco não é o único fator a considerar antes de tomar
uma decisão de investimento. Você precisa avaliar um dado ainda mais importante:
a sua situação financeira e patrimonial.
Deve-se considerar, aqui, não apenas o quanto você tem disponível para investir,
mas também a forma como aplica o dinheiro que acumulou até o momento (o seu
patrimônio). O valor a ser aplicado é importante, pois algumas aplicações exigem
um valor mínimo de investimento, ou só se tornam lucrativas a partir de uma
determinada quantia investida.
A análise da composição do seu patrimônio também é importante, porque determina
o grau de liquidez das suas aplicações, o que lhe permite definir o espaço que
possui para correr riscos. Quanto mais líquidas forem as suas aplicações, maior
a sua flexibilidade para correr alguns riscos extras.
Cautela
Quando o assunto é dinheiro, todos nós temos o mesmo objetivo: fazê-lo crescer o
máximo possível, certo? Exatamente por isso, ao escolher onde investir o seu
dinheiro, você não pode analisar exclusivamente o retorno que a aplicação
oferece.
Como pôde ver aqui, existem variáveis muito importantes a considerar. Outra
dica: não se esqueça de diversificar a forma como aplica o seu dinheiro. Assim,
você consegue reduzir o risco dos seus investimentos.