A definição de sonho de consumo varia muito de pessoa para pessoa. Para
alguns é trocar de celular, para outros, comprar um carro mais potente ou
simplesmente viajar pelo mundo.
Qualquer que seja a sua meta, por mais inatingível que ela pareça, com algum
esforço e planejamento sua realização fica bem mais fácil.
Quanto antes melhor
Se você é jovem, e ainda não possui uma conta bancária volumosa, isto não é
motivo para desânimo, ao contrário. Afinal, quando se é jovem, por mais que seu
salário seja baixo, você também goza de mais liberdade orçamentária.
Isso porque, em geral, os jovens não têm dependentes e usam seu dinheiro para
consumo imediato. Se focarem em um objetivo, fica bem mais fácil cortar gorduras
e direcionar uma parcela maior para investimento, visando realizar um sonho de
consumo específico.
Portanto, quando o assunto é investimento, quanto antes se começar, melhor.
Este, aliás, é o principal segredo na hora de investir: perseverança. Mesmo que
não tenha muito, aplique sempre e pelo prazo mais longo possível, pois os juros
têm poder multiplicativo.
Que tal um exemplo prático? Investindo regularmente R$ 100 por mês na caderneta
de poupança - supondo-se um retorno médio de 0,60% ao mês - desde os 16 anos, ao
completar 22, você terá acumulado o equivalente a R$ 9 mil. Não resolve seus
problemas, mas é suficiente para dar entrada em um carro zero km, ou até comprar
à vista um usado!
Planejar exige reeducação
Ter um objetivo de consumo ajuda no planejamento financeiro, pois incentiva
e motiva a pessoa a poupar.
Experimente comparar o hábito de poupar com uma dieta: se você tem uma festa e
quer entrar naquela calça que está um pouco apertada, fica mais fácil fechar a
boca e não ceder à tentação da gula. Porém, sem um objetivo claro em mente,
resistir às guloseimas parece uma tarefa bem mais árdua, certo?
Tanto no caso da dieta quanto no do planejamento financeiro, o segredo do
sucesso reside na capacidade da pessoa assimilar seus novos hábitos, ou seja, de
se reeducar, para não perder, rapidamente, o sucesso que alcançou.
Quem não conhece alguém que perdeu dois quilos em um mês e, ao invés de manter
os novos hábitos alimentares, acabou cedendo ao impulso da gula, e terminou
acumulando mais peso do que quando começou? Em finanças o raciocínio é o mesmo,
só que no sentido inverso: você não ganha e sim perde parte do dinheiro que
acumulou.
Sem exageros
Na hora de estabelecer metas, seja de perda de peso ou de poupança, o melhor
é não exagerar demais. Isso porque você corre o risco de não conseguir manter a
perseverança, e daí para uma situação de "gangorra", tanto no peso quanto no
valor poupado, é um pulo!
Não seja radical: você pode gastar seu dinheiro, porém, de forma consciente.
Distinguir o "querer" algo do realmente precisar de algo é um ótimo passo.