Imóveis - Condições estruturais do edifício podem causar desvalorização do imóvel
As condições estruturais do edifício podem causar desvalorização do imóvel,
alerta a Lello Condomínios. Prova disso é que apartamentos com plantas
semelhantes em São Paulo costumam ter valores de mercado expressivamente
distintos.
De acordo com a gerente da divisão comercial da Lello, Angélica Arbex, a
manutenção condominial deve ser vista e entendida exatamente como ferramenta de
preservação da "saúde dos edifícios" e de sustentabilidade econômica do imóvel
no mercado imobiliário.
Manutenção preventiva
Conforme orienta a empresa, após cinco anos, todos os condomínios devem passar
por um "check-up" anual, a fim de que seja avaliado o estado de conservação e
feita a manutenção das áreas comuns.
Além de evitar acidentes, o trabalho preventivo de avaliação do estado de
estruturas e equipamentos nas áreas comuns do prédio mantém o patrimônio
valorizado. E, segundo a Lello, sete pontos são essenciais neste trabalho.
Sistema elétrico: a cada seis meses, é preciso checar se o
sistema de aterramento sofreu corrosão e se a chegada do fio terra nos
apartamentos está em boas condições. Os responsáveis pelo condomínio ainda devem
verificar se há aquecimento nos fios ou mau contato, que causam fuga de energia.
Além disso, uma empresa especializada deve verificar se o prédio está bem
dimensionado ou se há sobrecarga elétrica.
Gás: de acordo com a Lello, mudanças bruscas no valor da conta são
sinal de vazamento. Por isso, recomenda-se que um técnico habilitado verifique
todo o sistema, uma vez por ano, sendo que também é importante ficar atento ao
aparecimento de cheiro forte de gás.
Caixa d'água: a limpeza anual é obrigatória, mas o ideal é que ocorra
a cada seis meses. No entanto, não é recomendável usar o faxineiro do prédio
para esse tipo de serviço, o que pode parecer economia mas acabar danificando a
caixa por procedimentos inadequados. Além disso, se a sujeira for embora pela
tubulação, pode entupir as torneiras do primeiro andar do prédio.
Áreas de lazer: a cada três meses, o zelador ou outro funcionário
responsável deve verificar se há farpas, ferrugem ou peças soltas nos
brinquedos, sendo que, após as férias escolares, é prudente fazer uma manutenção
mais minuciosa. No caso das piscinas, os fabricantes de produtos químicos
costumam oferecer treinamentos sobre tratamento. Desta maneira, é importante
manter a pessoa responsável pelo serviço informada sobre o assunto.
Garagens: não permitir a colocação de pneus junto às paredes, manter as
demarcações das vagas pintadas com tinta apropriada, garantir iluminação
adequada e ficar atento ao aparecimento de trincas, infiltrações ou vazamentos
são algumas das medidas que garantem a boa conservação do local.
Fachadas: a cada cinco anos, recomenda-se a lavagem da fachada.
Entretanto, para qualquer serviço de fachada (pintura ou restauro), o
responsável pelo prédio deve verificar a idoneidade da empresa contratada e
solicitar documentos, como CNPJ e guias de recolhimento de INSS, FGTS, ISS,
entre outros tributos e contribuições.
Topo do edifício: neste caso, a vistoria inclui pára-raios,
luz-piloto, telhas, calhas e ralos, lajes, guarda-corpo e escadas, casa das
máquinas e barrilete. Isso porque pequenos problemas, como ralinhos
desencaixados ou calhas obstruídas por folhas, podem trazer sérias
conseqüências.
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