Carreira / Emprego - Mercado de trabalho mudou, mas você realmente sabe o que o espera?
Não é novidade para ninguém que o mercado de trabalho mudou. A consultora de
Recrutamento e Seleção da Manager, Carolina Guedes, explica que o mundo dos
negócios atual requer soluções mais ágeis, e com o menor custo possível, a fim
de atender a uma demanda nacional e internacional.
Mas quais foram essas mudanças? E quais necessidades surgiram a partir delas?
Afinal, há exigências mais recentes por parte das empresas? A especialista
respondeu todos esses questionamentos. Ela reforçou, em primeiro lugar, a
importância de dominar as ferramentas tecnológicas.
O que as empresas procuram
"A necessidade de agilizar processos a um custo menor reflete diretamente no
mercado de trabalho, que fica mais seletivo, restringindo as chances aos
profissionais aptos a atender as exigências tecnológicas, como o conhecimento de
sistemas integrados de gestão", revela.
Outro fator citado pelas empresas hoje é a identificação do profissional com
políticas de responsabilidade social e ambiental, que estão intimamente ligadas
à imagem das organizações perante o mercado, o que afeta diretamente na relação
com o cliente. Segundo Carolina, se o funcionário nunca trabalhou em uma
companhia que adotasse essas políticas, é preciso, ao menos, manter-se informado
acerca do assunto.
Por fim, vale lembrar que as companhias estão se internacionalizando e também
regionalizando suas operações, abrindo filiais em outros estados. "O
profissional que deseja trabalhar em uma empresa globalizada precisa ter
disponibilidade para mudar de cidade ou país", lembra.
Idiomas
Quanto ao conhecimento de idiomas, o inglês continua ocupando um espaço
insubstituível. Dependendo da área de atuação, quem não sabe inglês está
automaticamente fora do mercado. "O perfil ideal é o profissional que já domina
o inglês e está aprendendo outro idioma", analisa a consultora de Recrutamento e
Seleção.
"Ainda é pequena a demanda por profissionais com proficiência em mandarim ou
alemão. Esses são considerados fatores de inclusão e não exigência para ocupar a
maioria das posições", acrescenta.
Comportamento
As demandas das empresas não se limitam mais ao currículo ou à experiência
profissional. Muito do que é analisado em um processo seletivo diz respeito à
personalidade do candidato. Personalidade esta que também poderá determinar sua
permanência na organização, uma vez obtida a oportunidade de fazer parte de seu
quadro de funcionários.
"A capacidade de adaptação a diferentes equipes e culturas, a qual está
relacionada também à disponibilidade para deslocar-se, é uma recente exigência
das organizações. Ser adaptável também significa saber trabalhar em equipe",
afirma Carolina.
"Além disso, resiliência ou flexibilidade é uma das competências mais
requisitadas, pois denota autoconfiança, o que ajuda a superar desafios e lidar
com as pressões do dia-a-dia, explorando o melhor de cada situação".
Antecipe-se aos fatos
A especialista acrescenta que, com a extrema complexidade da economia atual, os
líderes querem ficar longe dos profissionais acomodados. "A iniciativa é a
competência que representa a capacidade de identificar e buscar oportunidades de
negócios", garante.
"O profissional dotado de iniciativa antecipa-se aos fatos, realizando
atividades antes de ser solicitado, ou forçado pelas circunstâncias, atende com
rapidez novas demandas e obtém resultados concretos antes dos demais. Tudo isso
faz muita diferença".
Grande mudança
Na percepção da especialista, de fato, houve uma significativa mudança no perfil
dos profissionais procurados. "Nos últimos 20 anos, os empregadores passaram a
buscar competências que vão além da formação, capacidade técnica e tempo de
permanência nas empresas anteriores. São valorizadas as características como:
excelente postura e comunicação, facilidade de relacionamento interpessoal,
criatividade para promover melhorias e potencial para evolução".
O que mudou para os executivos
De maneira geral, as organizações buscam profissionais com competências técnicas
abrangentes e que se preocupem com um aperfeiçoamento constante. Porém, mais
importante do que um executivo tecnicamente "superqualificado", são as
características comportamentais, por serem mais difíceis de modificar, embora
possam ser desenvolvidas em programas de coaching.
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