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Carreira / Emprego - Diplomados ocupam cargos de nível médio; veja os motivos e as saídas 

Data: 30/07/2008

 
 

A competitividade no mercado de trabalho tem seus sintomas, e um deles é o grupo de profissionais com diploma na mão que ocupam cargos de nível médio. De acordo com a consultora de recursos humanos da Catho Online, Gláucia Costa, isso acontece muito, por vários motivos.

O primeiro é a falta de foco do próprio profissional. Exemplo: durante a faculdade, ele trabalha em uma empresa que oferece inúmeras vantagens em termos de remuneração e crescimento, porém o que faz nada tem a ver com a área de formação. Por comodismo e medo de arriscar, ele não muda de emprego. Conclusão: o diploma é esquecido na gaveta.

"Às vezes, mudar de emprego e começar a carreira na área de formação implica a regressão salarial e no nível hierárquico. As pessoas optam pela estabilidade, porque têm medo de buscar o novo, têm medo do incerto", analisa Gláucia, que aposta no planejamento de carreira antes do término da faculdade, para que isso não aconteça.

Na área errada sem querer
Outra razão que leva profissionais a não usar o diploma é a postura das empresas. "Como o estagiário é visto por algumas organizações como mão-de-obra barata, muitos universitários são contratados para desenvolver atividades que não estão diretamente ligadas à área de formação, muitas vezes em âmbito administrativo. E o pior é que eles dificilmente podem migrar de posto dentro da empresa."

Além disso, existem os diplomados que simplesmente não encontram trabalho. Estamos falando de setores como o administrativo, o financeiro, o de saúde, o publicitário e o de relações internacionais, em que o número de vagas que abrem é limitado, havendo alto nível de competitividade. Nesses casos, a escolha de uma universidade pouco respeitada pelo mercado pode ser um fator negativo.

Motivação
Na opinião da consultora da Catho Online, é difícil encontrar satisfação no trabalho, quando não se trabalha com o que gostaria. "Em linhas gerais, dificilmente uma pessoa que não está na área de formação se sentirá motivada no dia-a-dia, uma vez que sabe que tem potencial para fazer muito mais, para agregar mais valor à empresa."

Uma das saídas é encontrar motivação no salário, na estabilidade, enfim, em outros aspectos do trabalho. "Uma pesquisa da Catho indica que o que mais motiva as pessoas é a perspectiva de crescimento. Se alguém tem essa perspectiva, já é um caminho para encontrar satisfação. Outros fatores que motivam é o salário alto e a estabilidade, que também trazem uma cobrança menor por parte dos superiores", explica.

É de suma importância, entretanto, para evitar esse quadro, fazer o planejamento de carreira antes mesmo de terminar a faculdade. Isso significa procurar fazer estágios estratégicos, desenvolvendo atividades diretamente relacionadas ao conteúdo do curso. Para quem quer entrar na área tardiamente, é necessário fazer um planejamento orçamentário, prevendo a queda na remuneração.

"Quem começa do zero precisa identificar as necessidades do mercado, investir no networking, para conseguir uma indicação, dedicar seu tempo para divulgar o currículo e calcular despesas, pois, provavelmente, no começo, o salário será menor", finaliza Gláucia.



 
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