Seguros - Na hora de contratar um seguro, preste atenção à cobertura que ele oferece
Muito já foi falado sobre a importância do seguro como instrumento para um
bom planejamento financeiro. No entanto, de nada adianta ter um seguro - seja
ele de vida, do automóvel, de saúde, do imóvel, entre outros, se a cobertura não
for eficaz.
"Quando eu pergunto aos meus clientes se eles têm seguro de vida, por exemplo, a
maioria responde que sim, mas muitos nem sabem que cobertura esse seguro
oferece, ou pior, contratam seguros de valor bem baixo achando que estarão
seguros se algo acontecer. Brinco dizendo que muitos são uma Mercedes, mas
possuem seguro de um Fusca", afirma o consultor financeiro Augusto Sabóia.
"Quando falamos que o seguro é importante, isso não significa que todo e
qualquer seguro é bom. É preciso um planejamento, descobrir quais são realmente
úteis e quais apólices são realmente eficazes. Quase sempre é melhor ter menos
tipos de seguros, e pagar mais em alguns poucos e bons", explica.
Cobertura
Sabóia conta que muitas pessoas se recusam a fazer seguro de vida, afirmando
que não há dinheiro que pague a perda de um ente querido. "Realmente, não há.
Mas o seguro não é feito para amenizar a perda emocional e, sim, a perda
financeira. Afinal, como fica a mãe de três filhos que acabou de perder o
marido, que era quem colocava dinheiro em casa? Se já é difícil lidar com a
perda afetiva, imagina sem dinheiro?", questiona. "Por isso, é importante que se
faça o seguro, e que o seguro cubra o valor que essa pessoa levava para dentro
de casa".
A mesma coisa acontece com outros tipos de seguro. "Não adianta você ter um
seguro saúde que cobre apenas um hospital simples, se você quer ser atendido no
Albert Einstein, assim como não adianta ter um seguro para o seu carro que não
cubra terceiros, afinal, a maioria das colisões é contra outros carros. Na hora
de contratar, é preciso atenção ao tipo de cobertura que o seguro lhe dará,
senão você estará gastando seu dinheiro apenas para fazer um favor ao corretor",
alerta.
O consultor explica ainda que, no Brasil, é pequeno o número de pessoas que
fazem seguro. "Aqui, as pessoas tem a crença de que nada vai acontecer com elas,
que os males só atingem o vizinho, o que não é verdade. É preciso se precaver o
quanto antes".
Aposentadoria
Sabóia alerta ainda sobre a importância de se pensar no futuro. "Antes, eu
aconselhava meus clientes a fazer um plano de previdência privada, hoje
aconselho-os a fazer três: um para que possam comer na aposentadoria, outro para
comprarem remédio e pagarem o plano de saúde, e, como a expectativa de vida está
aumentando, é preciso outro para se precaver, caso eles vivam mais de 90 anos e
precisem de um pouco mais de dinheiro".
O consultor conta que os brasileiros não se preparam para a velhice. "Há alguns
anos, falava-se pouco em previdência privada. Ninguém se preocupava muito com
quanto teriam para gastar depois da aposentadoria, e por isso, não é incomum ver
muitos idosos que trabalharam muito e ganharam razoavelmente bem por toda a vida
em situação de miséria, depois de se aposentarem. Nos EUA, por exemplo, a
cultura é diferente. Eles entendem que não podem deixar a família mais pobre,
quando param de trabalhar. Por isso, é comum que os pais chamem os filhos e
juntos decidam quanto cada um quer receber, quando o pai se aposenta ou mesmo se
vem a falecer. Assim, juntos, eles pagam um seguro que dará segurança financeira
a eles, quando uma dessas situações acontecer", finaliza.
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