Investimentos / Fundos - Com que fundo eu vou: veja hora certa para apostar - ou evitar - cada modalidade
Quando e onde investir? A dúvida é comum àqueles que acabaram de entrar no mundo
das aplicações e, até mesmo, entre uns e outros investidores mais experientes. O
medo de errar na escolha pode fazer com que muitos percam ótimas oportunidades
de multiplicar o patrimônio, assim como o desconhecimento quanto ao assunto faz
com que os ansiosos acabem por tomar atitudes não muito bem analisadas e que,
como conseqüência, tragam prejuízos.
Em se tratando de fundos, foram escolhidas cinco modalidades para serem
exploradas: DI, renda fixa pré-fixados, multimercados, ações e cambiais. Veja o
resumo das características de cada um, assim como a melhor época para apostar -
e para evitar - na aplicação. As dicas são dos especialistas José Godoy, Luiz
Gustavo Medina e Marco Antonio Gazel Junior.
Referenciados DI
São fundos de renda fixa que buscam acompanhar a evolução do CDI/Selic. Essa
modalidade investe em títulos pós-fixados do governo, acompanhando a evolução da
política monetária e protegendo o investidor de uma eventual alta nos juros. A
expectativa de rentabilidade deve ter como referência a Selic, descontada a taxa
de administração do fundo:
- quando investir: quando os juros estiverem baixos, estáveis com
tendência de alta ou subindo
- quando evitar: quando os juros chegam a um patamar muito baixo,
como foi o caso dos Estados Unidos em 2002, o rendimento desse fundo se
torna tão baixo que vale a pena procurar outro tipo de aplicação.
Renda fixa pré-fixado
Nessa modalidade, são visados títulos públicos e privados pré-fixados. Há
aqueles com "alavancagem" [possibilidade de investimento maior do que os
ativos do fundo]: nesse caso, é fundamental entender quais tipos de
operações são realizadas e qual o possível retorno em relação ao fundo sem
alavancagem, para entender se vale a pena investir nele.
- quando investir: quando os juros estiverem em tendência de baixa
- quando evitar: quando os juros chegam a um patamar muito baixo.
Multimercados ou renda mista
Essa é tida como a categoria mais moderna que existe por misturar a gestão de
renda fixa e variável. O tipo de fundo apresenta uma gama muito grande de
estratégias, riscos e rentabilidade, sendo assim fundamental a confiança na
gestão.
- quando investir: quanto mais baixo o patamar de juros, melhor. É
interessante permanecer na carteira por ao menos nove meses para compensar
as oscilações mensais dos retornos
- quando evitar: quando o tempo que tem para seu dinheiro for
inferior a nove meses ou se houver necessidade de garantia de rentabilidade
mensal.
Ações
Por serem fundos de renda variável, é impossível precisar qual será a
rentabilidade ou se, na verdade, haverá prejuízo. Pelo menos 67% de sua carteira
é composta por ações.
- quando investir: em períodos de crescimento econômico. De
preferência, a aplicação deve ser de, no mínimo, 18 meses
- quando evitar: quando houver recessão ou necessidade de resgatar
a aplicação em menos de 18 meses.
Cambiais
São fundos que aplicam pelo menos 80% de sua carteira em ativos relacionados
diretamente à moeda estrangeira (comumente dólar norte-americano e/ou euro),
podendo ter ou não alavancagem.
- quando investir: sempre que tiver necessidade de proteger o
patrimônio em relação a alguma moeda, não para ganhar dinheiro, mas sim para
garantir algum compromisso futuro, como uma viagem ao exterior, por exemplo
- quando evitar: é muito difícil adivinhar se o Real vai
desvalorizar ou valorizar. Especulações são perigosas.
*As informações constam no livro "As dicas do sr. Alceu: investindo sem
erro", publicado pela Editora Saraiva em 2006
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