Carreira / Emprego - Tá na hora
Acordar de manhã sem muito entusiasmo para para ir trabalhar não é a situação
mais incomum do mundo. É bem possível que você tenha passado por ela
recentemente. Ou já ficou o dia todo olhando o relógio, sentindo que o trabalho
não rende ou que não é reconhecido. E, pior, sem enxergar perspectivas de
progresso na empresa. Por breves períodos, você até agüenta, ou porque há sinais
de mudança no ar, ou porque não está emocionalmente preparado para encarar uma
mudança. Mas quando esses sentimentos se prolongam além da conta, é porque
chegou a hora de tirar o pó do currículo e sair em campo.
Qual é a hora certa de mudar de emprego? Muita gente me procura dizendo que quer
mudar e eu sempre pergunto o por quê. Eis o que eu ouço, em ordem decrescente de
freqüência:
1. "Eu não respeito o meu chefe": de longe, a reclamação
mais comum. Os motivos vão desde a falta de ética até à apropriação de idéias,
passando por mesquinharias salariais
2. "Eu não tenho futuro nesta empresa": o profissional
candidatou-se às posições que apareceram, aprendeu ou desaprendeu tudo o que
precisava para chegar às posições e nada aconteceu
3. "Esta empresa não tem futuro": as dificuldades de uma
companhia normalmente são sinalizadas com antecedência, pelos clientes, pelos
fornecedores, e pelo mercado de capitais
4. "Eu ganho pouco": esta é uma das poucas reclamações que
podem ser pesquisadas. E não é muito difícil descobrir quem paga melhor pelas
suas habilidades
5. "Não gosto do que faço": se você está em finanças mas
prefere trabalhar em marketing, é melhor tentar isto primeiro na sua empresa
atual. É bem mais difícil fazer isso mudando de empresa. Mas, se você pretende
uma mudança drástica (você é advogado e quer ser pianista), aí não tem jeito:
peça demissão e invista
Muitas pessoas me dizem que não estão preparadas para retornar ao mercado de
trabalho. Primeiro elas querem fazer aquela pós-graduação na França, ou polir o
inglês ou emagrecer vinte quilos. Algumas dessas providências prévias são
válidas. Afinal, só você sabe a principal restrição ao seu crescimento
profissional. Mas pense bem se não é só mais uma desculpa para postergar uma
decisão difícil.
Por último, não se deixe iludir pelas tais "sazonalidades" de mercado. Há, por
exemplo, muito folclore de que o mercado de trabalho desaparece entre janeiro e
março - e depois novamente em julho. Nos meus últimos dez anos trabalhando como
headhunter, os meses com maior quantidade de buscas novas foram consistentemente
janeiro e julho.
Referência:
vocesa.abril.com
|
|
|