Carreira / Emprego - O que leva um executivo a pedir demissão?
Entre os motivos, os processos de reestruturação das empresas
A falta de perspectiva de crescimento na empresa e a subordinação a um
chefe ruim são motivos que costumam levar os executivos a pedir demissão. Mas,
uma pesquisa realizada pela Carrer Center, especializada em gestão de carreiras,
com 120 profissionais brasileiras na faixa dos 30 aos 49 anos de idade, revela
outros fatore, entre eles os processos reestruturação das empresas.
Em muitas mudanças, diretores e gerentes ficam sem saber qual o papel que
desempenharão na empresa.Isso colabora para que sintam que terão dificuldades
para subir na hierarquia, o que levam a tomar a decisão de procurar outro
emprego.
O exemplo foi seguido por André Cunha, que tinha 11 anos de Fosfertil.
Quando a empresa alterou sua política de promoções, ele trabalhava como gerente
comercial. Acreditava que seria indicado para uma eventual mudança de diretoria
em sua área. Não foi o que aconteceu, já que com a mudança o Conselho de
Administração passou a ter um peso maior na indicação dos novos diretores.
"Quando nomearam um novo na minha área vi que minha chance de ser promovido
tinha se reduzido", declarou ao jornal "Valor Econômico".
Um ponto que conta a favor de quem ocupa cargos executivos é investir por
conta própria na formação profissional. O reconhecimento da empresa passa a ser
proporcional ao de seu conhecimento. Quando isso ocorre, a questão financeira
nem sempre é levada em consideração. Muitos que se encontram nessa posição, no
entanto, procuram por "novos ares" por não ter mais como crescer onde estão.
Trabalhar para empresas representa sempre um período transitório. A saída,
quando ocorrer, pode ser tarde demais ou, até mesmo, traumática, para a
sequância da carreira. Preocupados com essa realidade, muitos profissionais
aproveitam-se da experiência acumulada em cargos executivos e lançam-se como
consultores. "Antes eu me preocupava em manter minha identidade corporativa.
Tinha uma falsa sensação de segurança", contou Eliane Bandeira. Ela trocou a
gerência de Marketing da Cultura Inglesa para montar o seu próprio negócio. " É
uma experiência muito diferente, pois não sinto medo de arriscar a própria
pele", disse.
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