Entrevista de emprego - Confira (e evite) gafes ao procurar emprego
G1 ouviu especialistas e ensina você a não perder uma
boa vaga de trabalho.
Confira lista e evite cometer ou repetir algum desses deslizes 'fatais'.
Procurar emprego não é fácil. E a busca por um novo trabalho sempre
envolve entrega de currículos, dinâmicas de grupo e entrevistas.
Por isso, o G1 conversou com profissionais de recursos humanos
especializados em recrutamento de profissionais e fez uma seleção de gafes reais
cometidas por candidatos durante entrevistas de emprego. Conheça – e não repita.
Sono
Talvez cansado de uma noite mal dormida, um candidato a uma vaga executiva
passou vexame. Enquanto aguardava a entrevista na sala de espera, cochilou no
sofá – abraçado ao laptop, com a cabeça para trás e a boca aberta. Para evitar
maior constrangimento, o headhunter Ricardo Nogueira, da Case Consultores, pediu
à secretária que o acordasse. "Foi uma situação ridícula", diz.
Traída pelo sapato
Na tentativa de exagerar na elegância, uma candidata acabou traída pelo
sapato durante uma dinâmica de grupo. Muito fino e alto, o salto quebrou. Já a
'vítima' passou o resto do tempo mancando. "Salto de festa não é adequado",
decreta a consultora Célia Regina Íris da Silva, do Grupo Foco.
Sumido
Também durante uma dinâmica de grupo, com cerca de 12 pessoas, um candidato
pediu licença para ir ao banheiro. Mas levou a agenda. E não voltou mais.
A hippie
Em entrevista para um cargo executivo, uma mulher apareceu com uma saia
estilo indiana, com listras largas e coloridas, salto alto, blusa com estampa
floral e muitos colares. "Às vezes a pessoa tem aparência boa, mas peca nos
detalhes", diz Célia. "Essa saiu como se fosse ao supermercado".
O arrogante
Durante a dinâmica de grupo de um processo seletivo de uma multinacional, um
candidato a uma vaga de executivo de contas exagerou na arrogância na hora de se
apresentar. Não bastasse isso, depois de falar ligou o celular. O aparelho tocou
na sala – e ele atendeu. "Era a última fase do processo seletivo e ele era
realmente um bom candidato. Mas ficou por aí", diz Célia.
De passagem
A entrevistadora pergunta a um candidato para uma vaga de vendas externas,
formado recentemente: "Em que o seu curso de direito pode complementar sua
carreira nessa área?". A resposta: "Eu pretendo prestar o exame da OAB e fazer
concurso para ser delegado". Os especialistas ensinam: nenhuma empresa contrata
um candidato que pretende pedir demissão antes mesmo de começar a trabalhar.
Ato falho
A candidata chegou para a entrevista com uma lata de refrigerante nas mãos.
E seguiu bebendo durante a entrevista. De repente, o headhunter Renato Nishimura,
da Nishimura Associated, foi surpreendido por uma eructação – o popular arroto.
"Ela não devia nem ter entrado com o refrigerante. Foi constrangedor", diz.
Geografia e português
Dois candidatos diferentes deram duas respostas igualmente ruins à
consultora Célia. Um disse que havia ido recentemente ao exterior. Quando
perguntado para que país, soltou esta: "Rio Grande do Norte". Outro respondeu
assim à questão "que idiomas você domina?": "português". "A gente não espera
nunca que o candidato responda uma coisa dessas", diz a profissional.
Franco-atirador
"Estávamos fazendo um processo para uma vaga técnica, para gerência de
administração de vendas. No começo da dinâmica, o candidato se levantou e
perguntou se não havia vaga para gerente comercial. E ainda explicou que estava
aproveitando para ver se não havia outras oportunidades. Desperdiçou o tempo
dele e o nosso", diz Nishimura.
Ajeitando
O recrutamento era para um cargo de gerência e a candidata exagerou no
decote. Durante a entrevista, a mão esquerda arrumava o cabelo, enquanto a
direita ajeitava a roupa. "Ficava cai e sobe, cai e sobe. Aí o negócio é cortar
a entrevista, oferecer um café e sair da sala", diz Nogueira.
Do contra
O desconhecimento do candidato com relação ao processo seletivo do qual está
participando às vezes gera situações embaraçosas. Em uma dinâmica de grupo para
uma vaga no setor de vendas de uma empresa do setor automotivo, o candidato
soltou essa 'pérola': "Eu sou contra vender carros, já tem muito automóvel na
rua. Eu sou a favor do transporte coletivo". "Tem candidato que vem e fala mal
da empresa. Tem que ter um discernimento", aponta Célia.
A vítima
Durante a entrevista, o candidato confessa já ter participado de muitas
entrevistas, sem sucesso, e não saber por quê. "A primeira coisa que vem na
cabeça é que essa pessoa tem problemas. E comigo também não vai dar certo",
confessa Nogueira. Ninguém precisa saber de quantas seleções o candidato já
participou.
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