Finanças pessoais - Suas finanças: aprenda com os erros e não desanime
Errar é humano. O dito popular pode marcar presença em várias situações de nossa
vida, inclusive quando se trata de planejamento financeiro.
Quem nunca comprou determinado produto e, ao sair da loja, encontrou o mesmo
item mais barato em outro estabelecimento? Quem já confiou que a "reserva" da
gasolina seria o suficiente para chegar em casa e acabou sem combustível, foi
multado e ainda gastou com os danos causados ao motor?
São situações hipotéticas, mas mais freqüentes do que se imagina. No entanto,
não adianta se lamentar diante dos erros de planejamento: o importante é
aprender com eles e não desanimar.
Aprendendo com erros
Se você comprometeu, por três anos, sua capacidade de investimento porque
resolveu financiar um carro importado, ao menos agora sabe que financiar é bom,
mas deve ser algo analisado com cuidado. Não pense no que gastou a mais com
juros, mas no quanto pode economizar se, na troca do seu próximo carro, planejar
a compra e pagar à vista.
Existem alguns mitos, muito comuns em finanças pessoais, que podem induzir ao
erro. Se você já segue alguns deles, é melhor começar a rever seus conceitos.
Confira:
- Gasto só o que recebo: apesar de coerente, quem pensa desta forma
não visa o longo prazo. E quando você deixar de receber, vai viver do quê? O
ideal é fazer com que as despesas caibam na receita e, mais do que isso,
começar a poupar para acumular um patrimônio.
- Não ganho o suficiente para investir: renda não impede poupança e
não é necessário ser rico para investir. A decisão de poupar e investir
depende da capacidade da pessoa em economizar. Cortar gastos supérfluos e
adiar consumo são medidas que devem ser tomadas quando se pensa em
planejamento financeiro.
- Quando tiver dinheiro saberei o que fazer: maior expectativa de
vida exige gestão mais eficiente do dinheiro. Deixar para pensar no futuro
nas vésperas da aposentadoria não é a forma correta de planejar sua vida
financeira. Para começar a investir, o quanto antes melhor!
Para não errar
Mesmo que errar seja uma forma válida de aprendizado, quando o assunto é
dinheiro, são poucas as pessoas que estão dispostas a "pagar do próprio bolso"
pelos enganos cometidos.
Para não errar, algumas dicas, mesmo que básicas, devem ser levadas em
consideração:
- Pesquise preços e pechinche: por mais barato que seja o produto, sempre
há uma margem para um desconto maior;
- Cheque especial não é renda: não inclua o valor do cheque especial como
receita disponível. Os juros são altos e podem acabar com suas finanças;
- Organize suas contas: tente colocar os vencimentos de suas contas na
mesma data. Fica mais fácil planejar e não esquecer nenhum compromisso. Caso
não seja possível, organize um calendário e pague tudo em dia. Atrasos
custam caro;
- Cuidado com o crédito: crédito não é inimigo do planejamento nem
sinônimo de inadimplência, no entanto, deve ser usado de forma consciente e
com responsabilidade.
Desconfie das facilidades
Ninguém dá nada a ninguém! Portanto, diante das facilidades, desconfie. Elas
podem levá-lo ao erro:
- Parcelamentos muito longos sempre têm juros embutidos;
- Descontos muito altos podem esconder defeitos de produtos;
- Se você não comprou, desconsidere aquele e-mail que diz que sua passagem
para Paris foi confirmada.
Diante do erro, não desanime; mas sabendo evitá-lo, amenize desgastes e
prejuízos!
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