Quando você foi contratado, achou tudo "lindo": a possibilidade de trabalhar
numa empresa grande e conhecida no mercado, a mesa equipada, o ambiente
impecável.
Nem mesmo o fato de se sentir um pouco diferente dos outros, por conta de
divergência de idéias e costumes, lhe afetou os ânimos.
No limite
Agora, entretanto, a coisa mudou de figura: meses depois, você olha o abismo
enorme entre o que se define filosofia da empresa e o tratamento dado aos
funcionários. Isso sem falar no desgaste entre você e seu chefe, que parecem
estar falando idiomas diferentes o tempo todo. Pois é...sua tolerância acaba de
chegar ao limite!
Embora a sua vontade seja de fugir, abandonar o barco, muito cuidado! É a sua
vida profissional que está em jogo. Portanto, antes de agir instintivamente, que
tal pensar um pouco nas conseqüências: está preparado para sair mesmo do
emprego? Possui uma reserva de emergência que lhe sustente nessa decisão?
Planejamento, a palavra de ordem
Para quem mora sozinho ou participa do orçamento doméstico da família, fica
cada vez mais difícil tomar decisões que não envolvam planejamento.
Por conta disso, é muito importante analisar cada passo antes de jogar tudo para
o alto em um momento de explosão. Melhor ainda: que tal analisar a situação com
equilíbrio? Talvez os problemas não sejam tão graves quanto você imagina.
Os dois lados da história
O fato de estar descontente deve ser considerado: sua desmotivação é
justificada? Quais são os seus objetivos? Você consegue identificar qual é,
exatamente, o problema?
Dependendo do grau de insatisfação, saiba que você pode optar por um caminho
melhor do que a "explosão". Que tal expor o seu descontentamento argumentando,
de forma clara e respeitosa, sobre o seu ponto de vista? O seu chefe é mesmo o
"vilão" da história, ou muito do problema está relacionado a você mesmo?
Nem só de trabalho se vive
Outro ponto importante: qual o papel do trabalho na sua vida? Tem dado o
devido valor à sua vida pessoal?
Procure focar sua atenção a objetivos bem definidos: o bem estar da família, a
busca pela independência financeira, a realização de uma especialização no
exterior, a compra do primeiro carro ou da casa própria.
O importante é compreender que o trabalho é um instrumento para a sua realização
pessoal, e não o único ponto importante da sua vida. Dessa forma, os problemas
profissionais terão uma proporção muito menor no seu dia. Experimente!