Finanças pessoais - Dinheiro, cheque e cartão: quanto custa gastar?
Dinheiro, cheque, cartões de crédito ou de débito. Sem esses meios de
pagamento, é impossível sair de uma loja, um supermercado ou qualquer outro
comércio com o produto ou serviço desejados.
Veja, então, quanto realmente custa gastar com cada um deles.
Cartão de crédito
O plástico está cada vez mais difundido entre os consumidores: a Cartões Itaú
prevê que, até o final do ano, sejam mais de 90 milhões de unidades em
circulação. O meio de pagamento pode ser um aliado do orçamento, caso haja
controle das contas e as faturas sejam pagas até a data de vencimento.
Na média do mercado, a taxa de juros pelo atraso de quitação varia de 1,99% ao
mês a 14% mensais, de acordo com o banco cedente e o perfil de quem contrata o
serviço. Caso você deixe a dívida de lado por seis meses, dentro da maior
cobrança, o débito aumentará mais do que duas vezes.
Cartão de débito
Há, no País, mais cartões de débito do que brasileiros, sendo mais de 190
milhões de unidades para algo em torno de 189 milhões de pessoas. O plástico
garante o desconto à vista, como se fosse um cheque eletrônico. Sua concessão
pelo banco só é gratuita quando não se opta pelo cheque: uma vez que o
correntista queira ter acesso a ambos os meios de pagamento, terá de desembolsar
a mais com tarifas.
Quem utilizar o crédito do cheque especial para arcar com as compras do plástico
precisa lembrar que os juros serão descontados pelo banco. Conforme a Fundação
Procon de São Paulo, em julho deste ano, a cobrança média das instituições era
de 5,37% ao mês, variando de 4,25% mensais (Nossa Caixa) a 5,95% a.m. (Itaú).
Para a dívida dobrar, pela cobrança média, levam-se 14 meses de inadimplência.
Cheque
Nos últimos 15 anos, caiu em quase 15% a emissão de cheques. Da mesma forma que
ocorre com o cartão de débito, para isenção da tarifa bancária correspondente, é
necessário que o correntista não possua outra forma de pagamento à vista.
Ocorre que compensar as folhas é serviço oneroso aos bancos. Dessa forma, eles
aplicam, sempre que possível, tarifas de seus clientes, o que acaba por inibir o
uso dos cheques. Para se ter uma idéia, quando o assunto são cobranças relativas
à emissão de talão e folha de cheque, a diferença chega a ser de zero a R$ 7,20,
de acordo o banco.
Dinheiro
Aceito em todo o lugar, seja em papel ou moeda, o dinheiro é o melhor meio de
pagamento, entre todos os outros, porque garante maior controle do orçamento.
Quando se opta por meios eletrônicos ou similares (cheques), acaba se perdendo a
noção do valor que realmente pode ser gasto. Por outro lado, ao ver que as notas
estão acabando e sabendo que não há de onde tirar mais, o controle é maior.
Seu ponto negativo é a questão da segurança: dinheiro não é ordem de pagamento,
portanto, não tem dono. Sair de casa com uma certa quantia na carteira não é
adequado. Ao menos com cartões e cheque, em caso de roubo ou furto, sabe-se que,
de uma certa maneira, o saldo bancário está protegido. Por outro lado, uma vez
que as notas ou moedas sejam levadas, a recuperação é praticamente impossível.
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