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Investimentos / Fundos - Fundos DI: O custo do fundo DI 

Data: 30/05/2007

 
 

Hoje em dia há um enorme número de fundos de investimento. Predominam os fundos que investem em títulos de dívida de empresas, bancos e, principalmente, do governo. São os chamados fundos de renda fixa, embora o nome não corresponda muito bem aos títulos que de fato compõem tais fundos. Foi o tempo em que a maioria dos títulos de dívida realmente ofereciam uma “renda fixa” no mercado brasileiro.

Atualmente, o rendimento da maioria dos títulos é determinado somente no seu vencimento ou no aniversário de pagamento do rendimento, quando é calculado o juro segundo uma fórmula pré-estipulada, que pode envolver índices de inflação, a variação do dólar ou, na maior parte dos casos, o valor acumulado de uma taxa de juros, como as taxas DI ou SELIC.

A maior parte dos fundos brasileiros investe somente em ativos de renda fixa, que constituem mais de 90% do patrimônio agregado dos fundos de investimento. Os fundos referenciados ao DI são o tipo mais popular de fundo de renda fixa.

Os fundos DI são oferecidos por grande parte dos administradores de investimento, particularmente por aqueles ligados aos grandes bancos. Pode-se dizer, sem exagero, que o fundo DI é a espinha dorsal da indústria de fundos brasileira. Ainda assim, há alguns mal entendidos a respeito deles.

Por exemplo, os investidores muitas vezes não sabem que as taxas de administração cobradas pelos fundos variam muito entre instituições e, principalmente, na mesma instituição. Os investidores podem, também, não notar que os fundos DI são muito parecidos entre si. Os fundos investem, predominantemente, em títulos do Tesouro Nacional que oferecem taxas pós-fixadas, atreladas à taxa SELIC, em títulos privados pós-fixados, como os CDB emitidos pelos bancos, com remuneração atrelada à taxa do CDI.

A taxa de administração difere entre fundos de uma mesma instituição em função do tipo de público a que se destina o fundo. Por exemplo, fundos DI com investimento mínimo elevado cobram taxas de administração mais baixas do que fundos DI que permitem investimento mínimo baixo, como é o caso dos fundos DI disponíveis para os clientes de varejo bancário, particularmente para pequenos poupadores. Entretanto, a taxa de administração faz muita diferença no longo prazo. Elas podem variar de menos de 0,5% ao ano até mais do que 4% ao ano para fundos DI.

Na realidade, não há vários fundos DI em uma mesma instituição. De fato, os fundos comercializados investem em quotas de um grande fundo DI administrado pela instituição. Todos os investidores estão no mesmo avião, tanto os que pagam menos de 0,5%, quanto os que pagam mais de 4%. Só que cada um pagou um valor diferente pela viagem. Portanto, você deve estar sempre atento à oportunidade de trocar de fundo, passando a pagar uma taxa de administração mais baixa.

A conta investimento facilitou esta troca. Se você investe em fundos DI, veja seu saldo e converse com a sua instituição financeira. Pode haver a possibilidade de pagar uma taxa de administração menor sem que você seja penalizado por esta troca. Se você pensa em investir em fundos DI, examine as taxas de administração cobradas e o investimento mínimo dos fundos que lhe interessam. Sempre é possível juntar dinheiro temporariamente em um fundo que cobra taxas mais altas visando passar para o de taxa mais baixa assim que possível. Finalmente, em geral é verdade que as taxas cobradas por administradores de investimento ligados a grandes bancos sejam mais elevadas que as taxas cobradas por administradores independentes. Portanto, pesquise.



 
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