Talvez neste momento você esteja lembrando como foi o seu futuro. As coisas boas
que aconteceram e também aquelas que não deram lá muito certo. Mas a maioria dos
seus desejos foram realizados. Algumas vezes você precisou trocar de futuro.
Adequa-lo a uma circunstância do momento, alongando certos prazos e até
renegociando alguns objetivos, mas no final as coisas aconteceram exatamente
como o previsto.
Ou não?
Pode ser que você tenha ficado deslumbrado com um futuro possível e descuidou de
conferir se os requisitos necessários para chegar lá estavam disponíveis. Ou
alguém mudou o futuro e não avisou?
Todos os dias gastamos um tempo considerável para lembrar do futuro. Do nosso e
da nossa empresa, ficamos imaginando os resultados desejados, os ganhos
auferidos e tomamos providências, fazemos planos e contratamos pessoas.
Raramente paramos e perguntamos:
Que informações eu tenho para desenhar o futuro desta maneira?
Qual o meu grau de miopia em relação as mudanças ambientais?
Este presente que já foi futuro está como eu o pensei 5 anos atrás?
Neste momento nos damos conta que a visão que temos do mercado é tingida pelas
nossas experiências, vivências e paradigmas.
Perdemos oportunidades por preconceito, falta de conhecimento, comodismo e
tantas outras facetas do gênero humano. Ao procedermos desta forma estamos
comprometendo nosso futuro e o da empresa.
Acusamos o golpe do concorrente que nos ultrapassa, do produto novo que nos toma
mercado, das novas tecnologias que alteram os critérios de compra de segmentos
inteiros. Ficamos indignados com a onda de fusões entre empresas e que na
prática significa negociações mais duras, margens menores e tristes lembranças
do futuro. Insistir na tecla da velocidade das mudanças em andamento pode
parecer redundância. Mas quantas empresas analisam e acompanham com o devido
cuidado o ciclo de vida dos seus produtos e serviços? Quantas tem um sistema
razoável para monitorar concorrentes?
Quais as premissas ambientais utilizadas para os próximos 5 anos? Como são
avaliados os novos produtos, serviços ou mercados? Podemos ver que as demandas
necessárias à sobrevivência da empresa ultrapassam em muito aos parâmetros
utilizados atualmente. Experiência e "tino" empresarial estão levando inúmeras
empresas a um desempenho comprometedor. Nos últimos anos estamos assistindo a um
processo contínuo de exclusão de empresas ineficientes que optaram por um
funcionamento que as colocou fora do mercado. Temos visto um tal grau de espanto
com as mudanças em andamento que imobilizam as pessoas pela incerteza quanto ao
futuro.Diante deste quadro temos sempre duas alternativas:
deixamos como está para ver como é que fica; ou
escutamos o mercado para saber o que ele espera da nossa empresa.
A segunda alternativa é a mais obvia porém a menos praticada, senão vejamos:
A
sua empresa faz pesquisas para avaliar o grau de satisfação dos clientes e
consumidores?
A sua empresa conhece os atributos de compra dos clientes?
A sua empresa conhece efetivamente os concorrentes?
Quantos produtos ou serviços novos foram lançados nos últimos 2 anos?
Quantos serão lançados nos próximos 2 anos?
Onde a empresa quer chegar nos próximos 5 anos?
Estas e outras importantes questões continuam sem resposta em inúmeras empresas,
deixando-as vulneráveis às mudanças do mercado. As dúvidas podem ser
substituídas pela análise sistemática do futuro e principalmente por uma mudança
de atitude em relação as incertezas e riscos que cercam toda e qualquer
atividade empresarial.