Investimentos / Fundos - Fundos DI e de renda fixa disputam popularidade e preferência do investidor
Mercado acionário aquecido e em trajetória ascendente versus cenário de
continuidade de queda das taxas de juros. Aparentemente, tudo indica que o
investidor cada vez mais busca por investimentos de renda variável, correto?
Sim, mas em termos. Embora os fundos de renda fixa estejam perdendo espaço na
indústria de fundos de investimento, ainda representam parcela expressiva do
patrimônio líquido total dos fundos do país. Mais do que isso, este tipo de
aplicação ainda se destaca na preferência do investidor.
Segundo dados da Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento), até o
dia 29 de maio de 2007, fundos referenciados DI (16,33%) e fundos de renda fixa
(35,05%) representavam, juntos, mais de 51% do patrimônio líquido total dos
fundos de investimento em operação no Brasil. Ou seja, do R$ 1,021 trilhão em
patrimônio líquido de todos os fundos do país até esta data, R$ 357,9 bilhões
eram de fundos de renda fixa e R$ 166,7 bilhões de fundos referenciados DI.
Investidor conhece e investe nestes fundos
Uma pesquisa realizada pela TNS InterScience e divulgada no 4º Congresso de
Fundos de Investimento realizado pela Anbid nos dias 30 e 31 de maio mostra que
os fundos de renda fixa e referenciados DI são amplamente conhecidos pelos
investidores, disputando popularidade e preferência com produtos considerados
mais "seguros" (como a poupança) e mais "rentáveis" (como ações e fundos de
ações).
Produtos |
Já ouviram falar no produto |
Aplicam no produto |
Acreditam que vai crescer |
Poupança |
100% |
69% |
18% |
Ações |
85% |
26% |
46% |
Fundos Renda Fixa e outros |
83% |
24% |
12% |
CDB |
63% |
14% |
4% |
Fundos DI |
60% |
20% |
- |
Fundos de Ações |
33% |
5% |
2% |
Clubes de Investimento |
28% |
- |
- |
Fundos Multimercado |
14% |
1% |
- |
Outros* |
83% |
4% |
- |
*Títulos de Capitalização, Home Broker, Operações
Compromissadas, Debêntures e Opções
Para Paulo Secches, diretor da TNS InterScience, o resultado da pesquisa mostra
que os investidores cada vez mais ganham um perfil de longo prazo. Contudo,
Secches ressalva que apenas 3% da população brasileira estão dentro da faixa de
renda dos entrevistados pela pesquisa.
A instituição ouviu 100 pessoas de médio e alto rendimento. Dentre os
entrevistados, 20% ganhavam entre R$ 6 mil e R$ 10 mil, e os 80% demais, entre
R$ 10,1 mil e R$ 25 mil.
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