Dívidas / Endividado ? - Inadimplência: antes de se endividar, lembre que seu maior patrimônio é o nome
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), aproximadamente 42 milhões de brasileiros são endividados crônicos, o
que significa que 22% da população têm dívidas impagáveis. O brasileiro tem
gastado mais do que ganha.
Mas esta prática pode prejudicar, e muito, os gastadores compulsivos ou as
pessoas que querem viver uma realidade diferente à do salário que recebem.
Fazendas, carros importados, jatinhos particulares e uma mansão na cidade em que
mora. O que adianta possuir todos estes bens, sendo que seu maior patrimônio, o
nome, não está sendo mantido?
Mantenha seu "nome limpo"
Ter todos estes bens pode lhe dar uma vida mais luxuosa, mas será que você
viverá com mais tranqüilidade sabendo que seu nome está incluso em algum
cadastro de inadimplência? Seu nome precisa ser preservado, para que você tenha
qualidade de vida.
Com o nome limpo, por exemplo, você terá a possibilidade de comprar a casa
própria tão almejada com um financiamento. Saiba que o crédito somente é
aprovado quando a pessoa tem o seu maior patrimônio preservado. Além disso, os
bons pagadores sempre são privilegiados.
Comparação prejudica preservação
Para alguns, é difícil manter o nome preservado, já que querem ter um estilo de
vida compatível com o grupo de amigos ou com a família. O que as pessoas devem
ter em mente é que precisam conviver de acordo com sua realidade financeira.
Caso contrário, apenas viverão de aparência. E, enquanto fazem viagens ao
exterior e se mantêm sócias de clubes, adquirem dívidas que saem do próprio
controle e, então, fica difícil expandir o patrimônio físico.
Como manter o maior patrimônio?
De acordo com o consultor financeiro Cláudio Boriola, para manter o "nome
limpo", é preciso ter um planejamento financeiro. "Uma previsão de ganhos e
despesas num determinado período de tempo. Por meio do planejamento,
determina-se quais serão as reservas a serem poupadas e como isto será feito".
Com relação ao uso de cheques, ele indica que o cidadão sempre se informe sobre
o saldo da conta, para ter condições de cobri-los. "Faça o mesmo com os
pré-datados na data marcada para o depósito. Assuma compromissos financeiros
considerando o seu orçamento doméstico, com a certeza de que poderá honrá-los".
O uso de cartão de crédito, segundo o consultor, deve implicar no
estabelecimento de um padrão positivo de pagamento de contas em dia, sem deixar
que atinjam o limite. Além disso, ele indica que as pessoas não emprestem o
nome.
"Planejar as finanças e manter o nome é a melhor maneira de ter uma vida de paz,
saúde e crédito", disse Boriola.
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