Muitas profissionais relacionam a gravidez ao estagnamento da
vida profissional. No entanto, ter um filho não significa abdicar da carreira. É
claro que nos primeiros meses da vida do bebê será necessário o afastamento, mas
no retorno, é possível negociar com a empresa.
Segundo o estudo "Dez anos de gestão de pessoas nas Melhores
Empresas para Trabalhar", realizado pela consultoria Great Place to Work, as
empresas já têm uma visão positiva da maternidade.
Habilidades valorizadas
De acordo com o presidente da consultoria no Brasil , José Tolovi Jr., os
gestores de muitas empresas já relacionam a maternidade com algumas
competências, como a empatia, a paciência, humanidade, capacidade de trabalhar
em equipe, de delegar e negociar.
"As melhores empresas reconhecem que a maternidade traz
maturidade à mulher e reforça a capacidade de lidar com diferentes perfis de
pessoas, entre outras qualidades valorizadas pelos gestores. As empresas mais
produtivas e lucrativas são as que cuidam dos colaboradores - e as mães sabem
gerir com maestria esse cuidado", disse.
Negociar para reter talentos
Aquelas mulheres que sempre se destacaram no ambiente de trabalho, e que são
realmente um talento, não correm riscos devido à maternidade. As empresas fazem
de tudo para reter profissionais que fazem a diferença no mercado de trabalho,
inclusive negociar.
"Para reter essa profissional e evitar que concorrentes
possam atraí-la, as empresas oferecem diferenciais que vão além de um horário
flexível", disse. O relatório mostra que as mulheres já podem contar com salão
de cabeleireiro e, até mesmo, uma creche para os filhos.