Consumidor - Após Plano Real, brasileiro ficou mais consciente na hora de fazer compras
Desde o início do Plano Real, a principal mudança pela qual o consumidor
passou foi a de se tornar mais consciente no que diz respeito ao quanto paga por
um produto. A informação foi dada nesta quinta-feira (19) pelo professor Cláudio
Felisone Ângelo, coordenador geral do Programa de Administração do Varejo
(Provar), da Fundação Instituto de Administração (FIA), na Universidade de São
Paulo.
Segundo Ângelo, com a nova moeda, a pessoa teve mais acesso à informação
relativa a valor x preço. "Ele percebeu que o dinheiro de um paletó poderia
comprar duas calças; de duas calças, um sapato. E assim por diante",
exemplificou.
Mais financiamento
Além disso, conforme o docente, os brasileiros passaram a financiar mais suas
aquisições, ao mesmo passo que ampliaram a freqüência com que fazem compras.
"Isso ocorreu principalmente de 2003 para cá", afirmou. Para se ter uma idéia,
há quatro anos, a média de crédito estava em 23,6% do Produto Interno Bruto. Em
2006, a média foi de 31%, enquanto em janeiro deste ano atingiu 34,3%.
Já no segundo aspecto, o motivo é uma menor inflação, o que dispensa a
necessidade de a pessoa fazer a conhecida "compra do mês", aproveitando o
período em que seu dinheiro "vale mais".
Preferência e conveniência
Por fim, o docente afirmou que, na hora de fazer uma aquisição, o consumidor
leva em consideração o aspecto conveniência, o que não ocorria no passado. E, no
que diz respeito a produto, a principal diferença é a preferência das pessoas
por celulares e equipamentos de informática.
"Isso ocorre por causa da tendência das novas tecnologias", finalizou.
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