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Carreira / Emprego - Doença do trabalho 

Data: 14/11/2008

 
 

Baixa auta-estima, insônia e comportamento paranóico podem ser sintomas da Síndrome de Burnout

O excesso de trabalho e a falta de tempo para descansar pode levar uma pessoa a uma doença pouco conhecida no Brasil: a Síndrome de Burnout, um tipo de estresse ocupacional, em que a pessoa se consome física e emocionalmente, resultando em exaustão e em um comportamento agressivo e irritadiço.

A doença não é hereditária, logo, qualquer pessoa está predisposta a desenvolvê-la. A Síndrome, que foi descoberta nos Estados Unidos há cerca de 30 anos, afeta especialmente profissionais que mantêm contato direto com outras pessoas, como, por exemplo, médicos, enfermeiros, psicólogos, professores e policiais. E apesar da associação do distúrbio com o perfil desses trabalhadores, ele também pode afetar executivos e donas de casa.

Em comum, os candidatos à Síndrome apresentam uma personalidade de pessoas excessivamente críticas, muito exigentes consigo mesmas e com os outros. Entre as características que podem incentivar o surgimento da Síndrome, está o idealismo elevado, o excesso de dedicação, a alta motivação, o perfeccionismo e a rigidez.

Na realidade, o ritmo acelerado e as tensões no trabalho existentes atualmente, por si só, não desencadeiam a Síndrome, o que acontece na verdade é que com rotinas extenuantes, horas extras e cobranças de chefias o desgaste fica cada vez maior.

E tem cura?

O tratamento da Síndrome de Burnout é essencialmente psicoterapêutico. Mas, em alguns casos, pode-se lançar mão de medicamentos como os antidepressivos para atenuar a ansiedade e a tensão, sendo sempre necessária a avaliação e, no caso do medicamento, a prescrição feita por um médico especialista.

Conheça os sintomas da Síndrome de Burnout:

SINTOMAS EMOCIONAIS: Avaliação negativa do desempenho profissional, esgotamento, fracasso, impotência e baixa auto-estima.

MANIFESTAÇÕES FÍSICAS OU TRANSTORNOS PSICOSSOMÁTICOS: Fadiga crônica, dores de cabeça, insônia, úlceras digestivas, hipertensão arterial, taquicardia, arritmias, perda de peso, dores musculares e de coluna, alergias e lapsos de memória.

ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS: Maior consumo de café, álcool e remédios, faltas no trabalho, baixo rendimento pessoal, cinismo, impaciência, sentimento de onipotência e também de impotência, incapacidade de concentração, depressão, baixa tolerância à frustração, ímpeto de abandonar o trabalho, comportamento paranóico (tentativa de suicídio) e/ou agressividade.

Mas fique atento, não confunda a Síndrome de Burnout com estresse ou depressão.



 
Referência: itodas.com.br
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