Baixa auta-estima, insônia e comportamento paranóico podem ser sintomas da
Síndrome de Burnout
O excesso de trabalho e a falta de tempo para descansar pode levar uma pessoa
a uma doença pouco conhecida no Brasil: a Síndrome de Burnout, um tipo de
estresse ocupacional, em que a pessoa se consome física e emocionalmente,
resultando em exaustão e em um comportamento agressivo e irritadiço.
A doença não é hereditária, logo, qualquer pessoa está predisposta a
desenvolvê-la. A Síndrome, que foi descoberta nos Estados Unidos há cerca de 30
anos, afeta especialmente profissionais que mantêm contato direto com outras
pessoas, como, por exemplo, médicos, enfermeiros, psicólogos, professores e
policiais. E apesar da associação do distúrbio com o perfil desses
trabalhadores, ele também pode afetar executivos e donas de casa.
Em comum, os candidatos à Síndrome apresentam uma personalidade de pessoas
excessivamente críticas, muito exigentes consigo mesmas e com os outros. Entre
as características que podem incentivar o surgimento da Síndrome, está o
idealismo elevado, o excesso de dedicação, a alta motivação, o perfeccionismo e
a rigidez.
Na realidade, o ritmo acelerado e as tensões no trabalho existentes atualmente,
por si só, não desencadeiam a Síndrome, o que acontece na verdade é que com
rotinas extenuantes, horas extras e cobranças de chefias o desgaste fica cada
vez maior.
E tem cura?
O tratamento da Síndrome de Burnout é essencialmente psicoterapêutico. Mas, em
alguns casos, pode-se lançar mão de medicamentos como os antidepressivos para
atenuar a ansiedade e a tensão, sendo sempre necessária a avaliação e, no caso
do medicamento, a prescrição feita por um médico especialista.
Conheça os sintomas da Síndrome de Burnout:
SINTOMAS EMOCIONAIS: Avaliação negativa do desempenho profissional,
esgotamento, fracasso, impotência e baixa auto-estima.
MANIFESTAÇÕES FÍSICAS OU TRANSTORNOS PSICOSSOMÁTICOS: Fadiga crônica,
dores de cabeça, insônia, úlceras digestivas, hipertensão arterial, taquicardia,
arritmias, perda de peso, dores musculares e de coluna, alergias e lapsos de
memória.
ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS: Maior consumo de café, álcool e remédios,
faltas no trabalho, baixo rendimento pessoal, cinismo, impaciência, sentimento
de onipotência e também de impotência, incapacidade de concentração, depressão,
baixa tolerância à frustração, ímpeto de abandonar o trabalho, comportamento
paranóico (tentativa de suicídio) e/ou agressividade.
Mas fique atento, não confunda a Síndrome de Burnout com estresse ou depressão.