Quando o assunto é dinheiro, ainda mais quando se discute a falta dele,
ninguém se entende na sua casa? Pois está mais do que na hora de organizar o
orçamento em família. Para que vocês consigam chegar a um acordo, o mais
indicado é que todos aprendam, juntos, a organizar despesas, receitas e, dessa
forma, olhar para o futuro com condições de planejar os próximos passos.
Parece difícil? Não consegue imaginar isso acontecendo na sua casa? Pois
confira, abaixo, cinco motivos para propagar essa idéia na família. Experimente!
1. Família saberá real poder de renda
Na sua casa funciona assim: cada um sonhando com um objetivo, sem ninguém
conseguir alcançá-lo? A mãe pensa em trocar os móveis da sala, o pai pensa em
trocar de carro , o filho mais velho imagina a tão sonhada viagem para o
exterior e a filha idealiza seu vestido de noiva.
Em contrapartida, as despesas da casa aumentam a cada dia, sem ninguém se dar
conta. O objetivo do orçamento, neste caso, é fazer com que cada integrante
consiga ter real consciência do quanto dispõe para ajudar na cobertura dos
gastos. Afinal, os filhos já possuem salário e podem aliviar um pouco a
responsabilidade dos pais, certo?
O exemplo, no entanto, aplica-se a qualquer situação. No caso de filhos menores,
eles podem participar do orçamento abrindo mão de alguns gastos desnecessários,
que acabam sobrecarregando os responsáveis pelas despesas da casa!
2. Consciência do que cabe ou não no orçamento
Ter uma idéia clara dos compromissos financeiros que a família possui ajuda a
identificar se há condições, ou não, de assumir novas despesas.
Dessa forma, fica muito mais transparente e menos desgastante aquela tradicional
conversa sobre a compra de uma roupa nova, a viagem com colegas da faculdade.
Tendo consciência do quanto, literalmente, sobra ou falta no fim do mês, bem
como qual o destino da "verba familiar", tudo se torna mais simples.
3. Combate ao desperdício
No mesmo caminho, ninguém se sentirá à vontade, em casa, de sair gastando
descontroladamente, se souber a real condição financeira da família.
Trata-se de uma reeducação financeira da família. Como numa dieta, todos ficarão
atentos e apoiando as decisões um do outro com relação aos objetivos e limites.
As compras no supermercado se tornam mais controladas, bem como o uso do carro,
do telefone ou da energia elétrica.
4. Mês termina, mas o salário não!
A frase está correta, sim! Se a família está acostumada a ver o dinheiro acabar
antes de chegar o fim do mês, agora a situação será bem outra.
Controlando bem as despesas e cortando os gastos desnecessários, a receita
familiar começa a cobrir melhor os compromissos financeiros.
No entanto, caso isso se torne difícil de acontecer, é aconselhável que, juntos,
identifiquem se não está na hora de encontrar fontes alternativas de renda, ou,
então, de buscar oportunidades de emprego com salário maior. Será que não está
na hora de negociar um aumento com seu chefe?
5. Finalmente, construirão um patrimônio
Com o passar do tempo, como efeito do orçamento bem executado e de medidas
corretivas na condução das finanças, as economias começarão a aparecer.
Isso significa hora de gastar? Não. É hora de planejar, investir o dinheiro e
pensar na construção, ou ampliação do patrimônio.
Exemplo: não está na hora de darem os primeiros passos para a compra da casa
própria? Para as famílias que já a possuem, que tal planejar a aquisição de um
imóvel na praia, ou mesmo a troca do carro?
A pergunta a ser respondida, neste caso, é: que patrimônio foi construído por
vocês até agora? Lembrem-se: nunca é tarde para começar.
Gestão do dinheiro em família
Criando em casa a consciência do quanto é importante gerenciar o uso do
dinheiro, a família se tornará mais unida e aprenderá a conversar mais, planejar
mais e manifestar suas opiniões ao grupo.
Além de cultivarem maior respeito pela opinião alheia, todos se tornarão,
independentemente da idade, financeiramente responsáveis, constituindo uma
família em harmonia, tanto nessa quanto em outras muitas questões do dia-a-dia.
Experimente!