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Investimentos / Fundos - Hedge: entenda o conceito e como ele pode facilitar a administração financeira 

Data: 30/05/2007

 
 

Uma joalheria que produz e exporta ao mercado exterior corre o risco de que tanto o preço do ouro como o câmbio se comporte de uma maneira distinta da que o mercado estima, prejudicando seus resultados. Já um gestor de recursos teme que os juros subam mais do que o esperado, afetando seus estratégia de rentabilidade.

Essas e outras situações ilustram riscos os quais as empresas e os investidores às vezes enfrentam. Mas, será que é possível reduzir tais riscos?

Hedge pode reduzir riscos
A resposta é sim, através de um mecanismo chamado hedge. Prática obrigatória para algumas empresas e investidores, o hedge, porém, pode ser desnecessário para outras, já que, da mesma forma que tomar um seguro, traz custos. A escolha dependerá do grau de exposição da companhia e de sua tolerância a determinados riscos.

Vale a pena entender o conceito e como ele pode ser utilizado para atender as necessidades das empresas e aplicadores, seja através dos contratos a termo, futuro e de opções. Os conceitos seguem simplificados, mas ilustram as principais diferenças entre as alternativas.

Conceito de hedge
O hedge é uma ferramenta de repasse do risco do mercado de determinada atividade a outros agentes econômicos, que resolvem assumi-lo em troca de perspectiva de resultado. Deste modo, ele funciona de forma similar a um seguro, reduzindo os riscos de quem adotar esta estratégia.

A diferença com o mercado de seguro é que, geralmente, o hedge é feito diretamente no mercado, através de transações com outros ativos financeiros. Por exemplo, no caso da joalheria, a alternativa é adquirir um ativo que se valorize com a alta do ouro, gerando ganhos que podem compensar as perdas que a empresa teria do ponto de vista operacional. Em geral, derivativos são usados.

Racional por trás da transação
Uma operação de hedge faz sentido para uma empresa, por exemplo, quando um dos elementos-chave na composição do resultado operacional estiver sendo afetado pelo risco de mercado. O resultado operacional ficaria indeterminado, o que acarreta risco de valor para a empresa.

No caso acima, uma forte valorização do ouro pode impactar de forma significativa os resultados da empresa, que talvez não consiga repassar o aumento de custos, prejudicando suas margens. Além disso, a indefinição em relação a qual será o preço do metal no futuro aumenta a incerteza em relação aos resultados da empresa.

Ao comprar, por exemplo, a quantidade correta de contratos futuros de ouro, a empresa reduz os riscos. Caso o preço do metal suba, ela perde em termos operacionais, mas ganha na transação financeira. Por outro lado, se o ouro cair, o ganho será no operacional e a perda no financeiro. De uma forma ou outra, a empresa consegue prever o impacto, reduzindo as incertezas.

Contrato a termo
Uma maneira de realizar hedge é através dos contratos a termo, que implica na venda de um ativo a um preço definido em data futura, sem ajustes diários. Essa alternativa é bastante utilizada porque não movimenta o caixa ao longo de sua duração.

Por outro lado, a operação apresenta baixa liquidez, uma vez que é difícil antecipar o prazo do encerramento. Como o acordo é bilateral, uma parte fica dependente da outra aceitar o fechamento antes da data estipulada. O contrato a termo é largamente utilizado, por exemplo, no mercado de câmbio.

Contrato futuro
Outra maneira de proteção é através dos contratos futuros, que diferem do mercado a termo principalmente pela existência dos ajustes dos valores em todas as sessões. Traz como vantagem a possibilidade de intervenção no mercado de forma anônima, em pregão. O fechamento do negócio é feito pelo melhor preço e não há a revelação da estratégia do cliente para os demais agentes.

O volume de garantias é geralmente menor se comparado ao contrato a termo, porque as movimentações financeiras diárias reduzem o risco de crédito. Por outro lado, essas saídas e entradas todos os dias podem trazer instabilidade para o fluxo de caixa da empresa ou investidor. Como pontos positivos para tal estratégia, pode-se citar a elevada liquidez e a grande transparência de preços, que reduz os custos e os riscos operacionais.

Contrato de opções
Já nos contratos de opções, existe o direito de comprar e de vender o ativo no período da contratação até a data de expiração desse direito de exercício. O negócio pode não ser realizado no futuro, se o titular considerar desvantajoso exercer a opção. Nesse caso, o preço pago pela opção é o máximo que se pode perder.

Enquanto o titular tem a opção de escolha, o lançador é obrigado a cumprir o contrato. Este último entra no negócio quando acredita que a opção não será exercida, em função das perspectivas para o ativo na data do contrato.

Custos versus resultado
Vale citar que todo hedge tem custos, além daqueles diretamente observados, como taxas de bolsa, corretagem e spreads. É importante que a empresa ou o investidor calcule, em diferentes cenários, os ganhos e as perdas com cada opção de hedge, bem como esses resultados na ausência de qualquer tipo de hedge.

O hedge não evita que um fator negativo ocorra, porém ele proporciona que a empresa ou o investidor consiga minimizar os impactos sobre suas atividades. Deste modo, trabalhando com ativos que reagem de forma inversa a certos eventos, o hedge passa a ser uma ferramenta fundamental no controle de riscos.



 
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Aprenda mais !!!
Abaixo colocamos mais algumas dicas :