Embora não seja o único, e nem mesmo
talvez o principal, elemento a ser analisado na hora de escolher um home
broker, a taxa de corretagem (e outros custos) pode fazer a diferença.
Afinal de contas, cada investidor apresenta um perfil diferente, e conhecer os
planos de corretagem dos principais players do mercado pode permitir a
escolha da alternativa mais adequada.
De forma geral, as corretoras que atuam neste segmento têm buscado adotar dois
modelos alternativos de corretagem: variável, seguindo ou oferecendo poucas
alterações em relação à tabela sugerida pela Bovespa; ou fixa, com valores que
não variam de acordo com o volume da transação.
Corretagem variável ainda predomina
Considerando os dez maiores home brokers em termos de volume de negócios
em 2005, o modelo de corretagem variável predomina, com cinco corretoras
adotando a tabela de corretagem sugerida pela Bovespa ou uma estrutura próxima.
Este modelo é adotado, principalmente, pelas corretoras de grandes bancos.
O home broker melhor posicionado no ranking que adota este conceito é a
corretora Banespa, com o segundo maior volume no segmento em 2005. Destacam-se
também as corretoras Itaú (3ª colocada), Fator (6ª), Bradesco (8ª) e Concórdia
(10ª), lembrando que o Bradesco está trabalhando até o final de junho com uma
tabela promocional, muito mais "agressiva" que a sugerida pela Bovespa.
Modelo híbrido
Algumas corretoras, evidenciando a maior liberdade e flexibilidade dos home
brokers em relação ao modelo tradicional de negociação de ações via mesa,
acabaram adotando um modelo híbrido. Com formatos distintos, estas corretoras
adotam estruturas de corretagem parcialmente fixas ou mesmo fixas dentro de uma
faixa de valor negociado.
Por exemplo, a corretora Socopa, 4ª colocada no ranking de 2005, adota três
faixas de preços fixos: R$ 15,00 para negócios até R$ 2 mil, R$ 18,00 para até
R$ 4 mil e R$ 20,00 para transações acima de R$ 4 mil. Já o Investshop, que
ficou na 5ª colocação em 2005, trabalha com diversos planos combinando
corretagem fixa e variável, além de um plano com valor fixo até 15 transações no
período de 1 mês.
Preço fixo
Se dentre as dez corretoras mais bem ranqueadas apenas três adotam o modelo de
corretagem fixa, a parcela de mercado é elevada. A Ágora Sênior, que possuía uma
participação de mercado superior a 30% em 2005, adota este modelo, cobrando
corretagem fixa de R$ 20,00 por negócio.
Também adotam esta estratégia a Banif Primus, através do portal EconoFinance (9ª
do ranking), com corretagem fixa de R$ 15,90 e a Título (7ª) que apresenta a
taxa fixa mais agressiva entre as corretoras pesquisadas, com valor de R$ 10,00
por negócio.
Outras vantagens
Além de analisar a estrutura de corretagem, o investidor tem sempre que levar em
conta potenciais vantagens que são oferecidas de forma "associada" à corretagem
pelos home brokers a seus clientes. Exemplos são programas de milhagem,
corretagem decrescente de acordo com o volume de negócios e acesso a relatórios
ou ferramentas.
Vale a pena também acompanhar qual a postura das corretoras em relação à taxa de
custódia. Embora a maioria dos home brokers analisados isentem seus
clientes ativos da cobrança desta taxa (Ágora Sênior, Banif EconoFinance,
Concórdia, Fator, Socopa e Título), outros cobram taxas que variam de R$ 9,90 (Investshop)
a R$ 30,00 (Banespa) por mês a título de custódia.