Investimentos / Fundos - Renda fixa: conheça mais e escolha a melhor alternativa para você
Embora o "objeto de desejo" de muitos investidores atualmente
seja o mercado de ações, com o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de
São Paulo, mostrando uma valorização de quase 52% nos últimos 12 meses, é no
mercado de renda fixa que a maioria dos brasileiros investe seus recursos.
Para quem não está familiarizado com os termos, os investimentos em renda fixa
combinam opções bastante populares como a caderneta de poupança, as aplicações
em CDBs e nos fundos de investimento DI e de renda fixa, representando, de
longe, a opção de investimento mais difundida no Brasil.
Maior parcela dos investimentos
Muita gente "acusa" o brasileiro de ser conservador nos seus investimentos, mas
a verdade é que, levando em conta tanto o risco como a rentabilidade, os
investimentos em renda fixa devem realmente ter a maior alocação dentro de uma
carteira de investimentos.
Mesmo com os recentes cortes da Selic, as taxas de juros ainda seguem elevadas
em termos reais, ou seja, descontando a inflação, ainda sobra uma boa "gordura".
Isso, por sua vez, garante uma boa rentabilidade em termos reais para os
investimentos em renda fixa.
Além disso, em termos de risco, as aplicações em renda fixa são superiores à
maioria das outras opções de investimento, como ações, dólar e imóveis, por
exemplo. Embora, ao contrário do que muita gente pensa, um investimento de renda
fixa possa ter rentabilidade negativa, a chance disso ocorrer é bem menor do que
em outras aplicações.
Melhor combinação de risco e retorno
Uma forma de analisar a combinação risco e retorno do investimento em renda fixa
é analisar o desempenho nos últimos anos. Considerando o CDI, que é a principal
taxa de referência do mercado de renda fixa, seu retorno real, descontando a
inflação medida pelo IGP-M, foi na média de 10,34% nos últimos dez anos.
No mesmo período, o Ibovespa, que está próximo ao seu patamar mais alto na
história, registrou valorização real média de cerca de 20%. Apesar da
rentabilidade superior, o risco tem que ser levado em consideração. Enquanto o
Ibovespa fechou seis anos em alta e quatro anos em baixa, variando entre ganhos
de 110% e perdas de 35%, o CDI teve rentabilidade positiva em nove anos,
variando entre ganhos de 26% e perda de 5,4%.
Alternativas para os mais conservadores
Já que a renda fixa apresenta o melhor perfil entre risco e retorno e deve
compor a maioria da carteira de investimentos, a pergunta que fica é qual a
melhor opção entre os investimentos disponíveis neste segmento.
Para quem tem pouco dinheiro, até R$ 200, e pretende investir por um prazo muito
curto, digamos até dois meses, a caderneta de poupança pode surgir como
alternativa, principalmente ao analisarmos que esta aplicação é isenta de
imposto de renda. Porém, se você não cai nestas duas condições, tente evitar
investir na poupança, pois existem opções melhores.
Os mais conservadores, neste contexto, devem buscar os fundos DI, que, apesar da
perda de rentabilidade em função dos cortes da Selic, segue sendo uma
alternativa interessante, tanto em termos de rentabilidade como risco, que é
bastante reduzido dentro da situação atual.
Outras alternativas
Já os mais otimistas devem investir em fundos de renda fixa, apostando que uma
queda dos juros mais rápida leve a uma valorização nos títulos que compõem a
carteira destes fundos, impulsionando a rentabilidade, a exemplo do ocorrido no
final de 2005.
Os CDBs também surgem como uma alternativa interessante, com os mais
conservadores devendo analisar mais de perto os CDBs pós fixados ou pré-fixados
de prazos mais curtos, enquanto os mais arrojados podem aplicar uma parcela dos
seus recursos nos CDB pré-fixados de prazo mais longo.
Outra alternativa pode ser o Tesouro Direto, onde o investidor adquire títulos
públicos diretamente junto ao Tesouro Nacional. Esta opção tem custos mais
baixos para o aplicador do que a maioria dos fundos de investimento, permitindo
manter um baixo perfil de risco com uma rentabilidade atrativa.
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