Preços ilegíveis e a dificuldade de relacioná-los aos produtos à venda
dificultam as compras do consumidor.
Pesquisa realizada pela Pro Teste, indica que nem sempre é fácil saber o preço
de produtos que estão à venda, a não ser perguntando para o vendedor.
Testes
O estudo foi realizado nas capitais São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador,
Brasília e Curitiba. Foram visitadas 924 lojas de rua e em shoppings, para saber
como os preços estão expostos.
Em São Paulo, percebeu-se que mais da metade das lojas não anuncia os preços de
tudo o que vende. O setor de informática é o mais prejudicado: mais de 40% das
lojas desse segmento visitadas tinham pelo menos um produto sem preço - com
exceção de Brasília, onde todos os estabelecimentos cumpriam a lei.
O que determina a lei
Apesar da determinação do Código do Consumidor, de que as informações sobre
produtos, inclusive os preços, devem ser claras ao consumidor em
estabelecimentos comerciais, os preços não ficam expostos nas vitrines e, quando
ficam, dificilmente podem ser relacionados aos produtos.
Nas lojas visitadas, eram nítidas as preferências dos lojistas pela localização
dos preços. Os preços sobre produtos foram os mais encontrados. Em outras, o
valor é afixado nas prateleiras e, um pequeno percentual, em forma de lista. Em
algumas lojas foram encontrados preços em mais de um local, o que facilita
bastante a vida do consumidor.
Compra à prazo
Em caso de compra à prazo, etiquetas também devem trazer informações quanto
diferentes preços e encargos das prestações.
De acordo com a pesquisa, o preço final estava disponível para todos produtos
nas vitrines ou no interior da loja em mais de 70% dos casos - exceto em
Curitiba, onde em metade das vezes não foi possível saber o preço final, devido
à omissão ou explicação insuficiente.
Novo decreto
Em janeiro, após a entrada em vigor do decreto nº 5.903 (dez/06), que determina
que equipamentos de leitura de código de barras podem ficar a, no máximo, quinze
metros das mercadorias, e que é necessário indicar onde se encontram,
representantes da Pro Teste visitaram os dez maiores super e hipermercados, a
fim de verificar se as lojas estavam seguindo o CDC, mas voltaram a encontrar
falhas.
Em metade dos super e hipermercados, a Pro Teste diz não ter encontrado qualquer
indicação do leitor de código de barras, como determina a lei, e em alguns
estabelecimentos, os leitores não se encontravam em funcionamento.