Todos os meses é a mesma história: você recebe o salário e consegue pagar
todas as suas contas. No entanto, alguns dias depois já está totalmente sem
dinheiro. E para sobreviver até o próximo pagamento, acaba recorrendo ao cheque
especial.
Porém, como os juros cobrados pelos bancos neste tipo de operação é um dos mais
altos - 8,15% ao mês em janeiro, de acordo com o Procon-SP - após um pequeno
período, o rombo no orçamento é inevitável.
Muitos incorporam crédito à renda
O erro mais comum cometido por boa parte dos correntistas é incorporar o
dinheiro do cheque especial, que deveria ficar disponível na conta para ser
usado apenas em casos de emergência, à renda mensal.
Quando se dão conta, as pessoas já viraram escravas daquele crédito, uma vez que
não conseguem mais passar o mês sem usar o dinheiro, seja para pagar contas,
seja para cobrir cheques ou para o uso no dia-a-dia.
E a situação é mais comum do que se imagina: segundo dados do Banco Central, o
cheque especial responde pela maior parcela do crédito liberado aos brasileiros,
sendo que, em dezembro de 2006, a modalidade respondeu por 38,95% do total (R$
837 milhões).
O que fazer para sair desta?
Conforme orienta a Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), a
melhor saída nestes casos é adquirir um empréstimo com juros menores e um prazo
de pagamento maior para pagar a dívida do cheque especial.
Caso isso não seja possível, a saída é renegociar o montante em aberto com o
banco. Em qualquer um dos casos, o mais importante é estabelecer parcelas
mensais que possam ser pagas e suspender definitivamente o uso do cheque
especial.
Além disso, economize! Comece cortando os gastos supérfluos, como a TV a cabo,
as compras em shoppings, restaurantes, cinemas, entre outros. Lembre-se também
que o segredo para o sucesso é nunca gastar mais do que ganha.