Qualquer um já ouviu falar em ações, e elas são a primeira opção pra quem
pensa em diversificar um pouco seus investimentos. Talvez porque estão sempre
nos jornais, ou porque parecem fáceis de serem compreendidas. E debêntures? Quem
sabe o que é isso? Com um nome estranho como esse o que se espera com certeza é
que tenha um significado difícil, entendido somente por economistas chatos e
comentaristas financeiros. Mas a verdade é que elas têm um funcionamento muito
mais simples do que as ações. Elas são, basicamente, títulos de dívida de uma
empresa, que as emite quando precisa de dinheiro e não quer recorrer aos bancos.
Diferentemente das ações, que representam uma fração da empresa, as
debêntures transformam os compradores em credores, que têm preferência no
recebimento, que ocorre no médio/longo prazo. O risco da aplicação também é
diferente em cada caso: as ações não oferecem nenhuma garantia de ganhos ao
investidor, podendo haver, inclusive, perdas. Para as debêntures, existem alguns
fatores que reduzem o risco, como relatórios periódicos de agentes fiduciários
(que representam os interesses dos debenturistas), e os próprios ativos da
empresa emissora. Por outro lado, os rendimentos de ações podem ser superiores
aos dos títulos de renda fixa, caso das debêntures. Mas estas têm grande
vantagem em comparação com outras aplicações pré e pós-fixadas, como a poupança,
ainda a preferida dos brasileiros.
Para quem não quer se arriscar e pensa em um investimento de médio/longo
prazo, as debêntures devem, com certeza, ser consideradas.