Plano de Negócios - Quer abrir sua empresa? Saiba como elaborar um plano de negócio
No Brasil, a taxa de mortalidade das MPEs (Micro e Pequenas Empresas) é alta
ao ser comparada com outros países. Para ter uma ideia, a taxa de mortalidade
brasileira é de 22% em três anos, enquanto em outros países, a média varia entre
10% e 15%.
Para o consultor do Sebrae-SP, Sergio Diniz, a sobrevivência dos pequenos
empreendimentos poderia ser maior, caso os empresários utilizassem um
instrumento fundamental para quem planeja abrir a sua empresa: o plano de
negócio.
“O plano de negócio é uma ferramenta que ajuda os empresários a pensar em
alguns fatores. Estes dados darão base para que o empreendedor possa viabilizar
o seu negócio. Para abrir uma empresa, não basta ter coragem e dinheiro”, afirma
Diniz.
Plano evita erros no mercado
Em suma, o plano de negócio pode ser explicado como um documento que
descreve os objetivos da empresa e quais passos devem ser dados para que as
metas sejam alcançadas. A principal vantagem é que o plano permite identificar e
restringir os erros no papel, em vez de cometê-los no mercado.
Com o plano de negócio finalizado em mãos, o empresário, além de ter uma
ferramenta que irá orientá-lo de maneira segura, poderá utilizá-lo para
solicitar empréstimos, conquistar clientes, investidores, firmar parcerias com
fornecedores e até mesmo com sócios.
Informações detalhadas
Sobre as informações que devem ser descritas, o Sebrae aconselha que o
empreendedor procure pesquisar tudo sobre o seu setor. Estes dados podem ser
encontrados em veículos de comunicação, associações, feiras, cursos ou até mesmo
com outros empresários do ramo e fornecedores potenciais.
De acordo com Diniz, para montar o plano de negócios, o empreendedor deve
pensar em seus clientes, público-alvo, localização, concorrentes, fornecedores,
investimento inicial, formação de sociedade, preços, despesas, fluxo do
dinheiro, funcionários a serem contratados e demais recursos necessários. Estas
informações devem ser detalhadas.
Estrutura do plano
De acordo com o Sebrae-SP, o plano de negócio é composto de oito seções, que
serão desenvolvidas e estimadas baseadas em informações pesquisas anteriormente.
- Sumário Executivo: é a primeira parte que será lida por um eventual
investidor. Deve conter os pontos principais e mais interessantes do plano.
Não costuma ter mais de uma página;
- Descrição da Empresa: contém um sumário da empresa, seu modelo de
negócio, a natureza, estrutura legal, localização, objetivos, estratégias e
missão. De uma a duas páginas.
- Produtos e Serviços: descrição dos produtos e serviços da empresa, suas
características, forma de uso e especificações. Máximo de duas páginas;
- Estrutura Organizacional: como a empresa está organizada internamente,
número de funcionários, principais posições, perfil do profissional. Máximo
de duas páginas;
- Plano de Marketing: Aqui será descrito o setor, o mercado, as
tendências, a forma de comercialização, distribuição e divulgação dos
produtos, preços, concorrentes e vantagens competitivas. De cinco a seis
páginas;
- Plano Operacional: descrição do fluxo operacional, cadeia de
suprimentos, controle de qualidade, serviços associados, capacidade
produtiva, logística e sistemas de gestão. De três a quatro páginas;
- Estrutura de Capitalização: como a empresa está capitalizada. Quem faz
parte da sociedade, necessidades de capital de terceiro, forma de
remuneração e estratégias de saída. De duas a três páginas;
- Plano Financeiro: como a empresa se comportará ao longo do tempo do
ponto de vista financeiro, descrições e cenários, pressupostos críticos,
situação histórica, fluxo de caixa, análise do investimento, demonstrativo
de resultados, projeções de balanços e outros indicadores. De cinco a seis
páginas.
As informações de um plano de negócio devem ser precisas, mas transmitindo uma
sensação de otimismo e entusiasmo. Ao preencher o plano, tenha sempre em mente o
objetivo para o qual ele está sendo escrito. Os empresários que apresentarem
dúvidas podem acessar a página do Sebrae-SP (www.sebraesp.com.br) ou procurar o
Sebrae de seu estado.
Referência:
InfoMoney
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Autor:
Karla Santana Mamona
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