No Tatuapé, em outro setor nobre do bairro, a placa diante
do condomínio avisa que há um corretor de plantão para negociar a venda das
últimas unidades. A maioria dos apartamentos já estava ocupada pelos novos
moradores.
O porteiro avisa que as visitas só podem ser feitas com o corretor. “Mas ele
fica no escritório ali, do outro lado da rua”, aponta. O homem recebe repórter e
motorista do JT e, diante do suposto negócio, os portões do prédio são
abertos.
Informado sobre o motivo da reportagem e da fragilidade da segurança, o homem
fica nervoso: “Quem tem cara de ladrão nesse País? A gente não pode adivinhar.
Outro dia, no Morumbi, em um prédio de alto padrão, o ladrão entrou com o
corretor, apontou a arma e entrou onde quis. Quando o bandido quer fazer um
assalto, não tem jeito.”