Para ter felicidade no trabalho é preciso compreender os próprios desejos e
necessidades, segundo análise do diretor geral da Ricardo Xavier Recursos
Humanos, João Xavier.
Na opinião dele, o que traz satisfação a uma pessoa pode não satisfazer
outra, visto que cada indivíduo tem os seus desejos, vontades e necessidades.
Dessa forma, explica, para quem o desejo é ser importante e conhecido,
provavelmente um cargo de chefia, gerência ou que exponha seu nome e habilidades
será capaz de gerar felicidade. Já para aqueles cujo desejo é ter mais tempo
para a família, a felicidade estará em um trabalho que respeite horários ou que
tenha flexibilidade para sair para levar e buscar os filhos na escola ou até
mesmo trabalhar em casa.
No caso daqueles para os quais a felicidade está em ganhar dinheiro, um
trabalho onde as recompensas são financeiras, que pague horas extras, comissões
e prêmios para as vendas e metas atingidas e onde os aumentos salariais ocorram
independente de promoções, certamente trará mais satisfação.
O que dizem as pesquisas?
Pesquisa realizada pela Hays Recruiting – empresa especializada no
recrutamento de profissionais de média e alta gerência - aponta que aspectos
como liderança e remuneração não estão entre os fatores determinantes para a
felicidade no trabalho.
Ainda de acordo com o levantamento, o fato de a empresa compartilhar
informações, conhecimento e experiências também não está diretamente ligado à
felicidade dos funcionários no ambiente de trabalho.
Por outro lado, ter desafios, possuir excelente integração com a equipe, ser
reconhecido e respeitado, além de ter perspectiva de crescimento e
desenvolvimento, são quesitos notadamente importantes para os profissionais
Outro estudo, dessa vez realizado pela Right Management, diz que terminar a
graduação não garante felicidade no trabalho. De acordo com a pesquisa, dentre
os profissionais, os mais insatisfeitos são os que possuem graduação, com 61%;
contra 18% dos que fizeram pós-graduação, 15% dos que cursaram MBA, 5% dos
mestres e 1% dos doutores.
O levantamento verificou ainda que, quanto mais baixo o cargo, maior é o
número de insatisfeitos, sendo que os analistas apresentam o maior percentual de
não felizes (26%) e os presidentes e diretores o menor, de 8%.