Quando participamos de palestras, treinamentos ou congressos, investimos em
nosso desenvolvimento pessoal, ampliamos ideias, ficamos emocionalmente
envolvidos durante o evento, nos divertimos, trocamos cartões de apresentação,
melhoramos nossa rede de relacionamentos, saímos com uma sensação muito
positiva.
Mas, será que nos dias seguintes, conseguiremos pôr em prática aquilo que foi
exposto? Por que temos tanta dificuldade de mudar e implementar aquilo que
aprendemos? O que poderia ser feito para facilitar a implementação das mudanças?
É fundamental que os palestrantes possam expor conteúdos acompanhados de um
processo ou método com as "ferramentas" necessárias, a fim de que novos hábitos
passem a fazer parte do dia-a-dia das pessoas e das empresas. Esta é uma
estratégia que visa aproximar teoria da realidade.
Por outro lado, em geral, quem participa de um treinamento são pessoas que
não têm poder de decisão e detém pouca influência. Ou seja, os comandantes, que
deveriam desenvolver características modernas de liderar e administrar,
raramente, estão presentes nesses eventos.
Na vida e no trabalho 99% das coisas que fazemos dependem de nossos hábitos.
Como substituir um hábito por outro mais eficaz?
Um hábito é o resultado da intersecção de três coisas: conhecimento,
habilidade e motivação. Primeiro, precisamos saber o que fazer, por que fazer.
Em seguida, como fazer. Por último, ter vontade de fazer. No encontro dessas
coisas, formam-se os hábitos.
Aristóteles dizia: "Somos o que repetidamente fazemos. A excelência,
portanto, não é um feito, mas um hábito".
Uma grande dificuldade no processo de mudança é o querer fazer. Isto pode ser
superado, quando conseguimos identificar como aquela mudança pode nos ser útil.
As pessoas precisam aprender a se manter focadas naquilo que é importante.
Por isso é que conhecer o processo passa a ser indispensável. Sem um trajeto
claro em mente, sem conhecer como planejar a semana, o dia e executar as coisas
mais importantes, sem as "ferramentas" apropriadas, ficará mais difícil
implementar mudanças. É por isso que em muitos casos os treinamentos e/ou
palestras funcionam apenas como terapia ocupacional.