A falta de cuidado no descarte de pilhas e baterias pode resultar em diversas
complicações, como a contaminação do solo e da água e até mesmo doenças que
podem afetar quem entrar em contato com um local onde esses materiais foram
descartados incorretamente.
Pois, de acordo com o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), o
perigo desses tipos de produtos reside no fato de as pilhas e baterias possuírem
líquido tóxico em sua composição e, se jogadas incorretamente, podem ser
amassadas ou estourarem, deixando vazar a substância.
Assim, o líquido nocivo se acumula na natureza e, como não é biodegradável e
não se decompõe, pode contaminar o solo. Por conta disso tudo, é tão urgente a
conscientização e mudança de hábitos da população.
Utilize da melhor forma
Os primeiros passos para o descarte correto de pilhas e baterias, lembra a
entidade, ocorre justamente nas escolhas para aquisição e uso desses tipos de
produto:
- Escolha pilhas recarregáveis, pois têm mais durabilidade.
- As pilhas alcalinas não contêm metais pesados em sua composição.
- Já as pilhas comuns (inclusive as recarregáveis) possuem mercúrio,
cádmio e chumbo e devem ser devolvidas ao fabricante.
- Não adquira produtos piratas, pois a procedência duvidosa pode trazer
materiais mais tóxicos do que os regulamentados.
- Verifique se a embalagem contém informação de que a pilha pode ser
descartada no lixo comum.
- Retire as pilhas dos equipamentos, se eles ficarem muito tempo sem uso.
- Nunca guarde pilhas e baterias em locais expostos ao calor e à umidade,
o que evita vazamento do seu conteúdo.
- Depois que os produtos não tiverem mais uso, está na hora de pensar no
descarte.
Como fazer o descarte correto?
A responsabilidade por recolher e encaminhar adequadamente as pilhas após o
uso é do fabricantes, ensina o Idec.
Portanto, os materiais usados devem ser entregues aos estabelecimentos que
comercializam ou às assistências técnicas autorizadas, para que eles repassem os
resíduos aos fabricantes ou importados.
As pilhas e baterias podem ser recicladas, reutilizadas ou ainda podem passar
por algum tipo de tratamento que possibilite um descarte não nocivo ao meio
ambiente.
Legislação e participação do comércio
O Idec ainda avalia que a participação do comércio na questão é fundamental,
oferecendo postos de coleta para as pilhas e baterias usadas.
A legislação brasileira, por meio da Resolução 257 do Conama (Conselho
Nacional do Meio Ambiente), determina que os fabricantes devem inserir no rótulo
informações sobre o perigo do descarte incorreto.
Além disso, a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), sancionada em
agosto de 2010, estabelece o incentivo à chamada logística reversa, que
constitui em incentivos para que as empresas, governo e os consumidores sejam
comprometidos em viabilizar a coleta.