Dentro das organizações os profissionais podem se deparar com o seguinte
problema: a conduta da empresa não se encaixa com seus valores. Se isso está
acontecendo, saiba que para você ter uma conduta ética dentro dessa companhia,
você vai precisar se submeter às normas e às regras dela, por mais que não
esteja de acordo.
Quando o assunto é conduta ética, saiba que “não existe certo ou errado”,
explica o consultor empresarial da Caput Consultoria, Wellington Moreira. O que
vai definir o que é ético ou antiético na empresa serão as normas e regras
estabelecidas. Os valores pessoais de cada um não serão, portanto, considerados.
Moreira explica que as empresas não podem deixar que os próprios
profissionais julguem o que é certo ou errado, por isso que estabelecem os
‘valores da empresa’. Esse item será fundamental para que o profissional, além
de ser capaz de entender o que deve e o que não deve fazer, decida se aquela é a
empresa onde deseja permanecer.
O que devo ou não devo fazer?
Sabendo que uma conduta ética não depende da sua avaliação pessoal, mas sim
do que a empresa define como o que é certo ou não, quando estiver na dúvida de
como agir em determinada situação a sugestão é observar como os gerentes e
diretores agem. Mas sempre tomando especial cuidado em se certificar que eles
estão tempo suficiente na empresa para conhecerem as regras e normas da
companhia.
Moreira ainda ressalta que é importante perceber que mesmo que o profissional
acredite estar agindo com bom senso e “fazendo a coisa certa”, a empresa pode
não estar esperando aquele comportamento dele. Assim, na prática, se você tem
dúvidas, não vá pelo bom senso, mas recorra a alguém mais experiente ou mesmo às
normas do seu contrato.
Meu gestor não é ético
Apesar dos valores da companhia estarem claramente definidos, muitos
gerentes tentam driblar as normas para atingir resultados melhores. E o pior, a
diretoria da empresa não os pune, pois está satisfeita com a entrega de
resultados. Essa é uma situação que ocorre com bastante frequência nas empresas.
A grande questão é: como aqueles que não estão em posição para punir ninguém
devem agir?
Em primeiro lugar, se o colaborador percebe que a empresa não mostra
interesse nenhum em fazer com que os gerentes sigam as normas, pois os
resultados são mais importantes do que a conduta ética, isso é um claro sinal de
como são os valores da empresa: resultados em primeiro lugar; valores, em
segundo. "A forma como o comando da empresa está atuando deve ser vista como um
'recado para os funcionários'”, explica Moreira.
Isso identificado de nada vai adiantar ao profissional lutar contra a
corrente. A sugestão, portanto, é buscar uma organização na qual seus valores se
encaixem com os da empresa. Outra dica é não tentar mudar a situação, primeiro
porque cargos inferiores não têm esse poder; segundo, porque isso não vai
contribuir em nada para a imagem do funcionário.