Em programas de estágio e trainee é muito comum que os profissionais
contratados e estagiários atuem em diferentes áreas dentro da empresa por
período determinados. A ação denominada de job rotation visa identificar os
talentos dentro das organizações.
Para o gestor de carreira da empresa de recursos humanos Global Network,
Sidney Zenobio, o job rotation é uma tendência que deverá ganhar mais espaço no
meio corporativo.
“Permitir que profissionais com outro perfil participem do job rotation, como
os que já são graduados e trabalham na organização há algum tempo, acarreta
vantagens para a empresa e para o colaborador, desde que a implantação seja
feita de forma adequada”, alerta.
Segundo o especialista, para que a iniciativa seja uma experiência positiva e
principalmente proveitosa, a empresa tem de ser transparente e deixar bem claro
todos os aspectos do programa a todos os colaboradores, principalmente para os
que vão receber o colega “visitante”, já que eles podem se sentir ameaçados.
“Um líder de cada área deve ser designado para ficar responsável pelos
participantes do job rotation. Ele deve apresentar ao novo colaborador quem
trabalha no setor, quais são as atividades desenvolvidas, planejar atividades e
apresentar relatórios sobre o processo no final do programa”, aponta.
Vantagens
Atuar em outras áreas da empresa tem como principal vantagem aumentar o
conhecimento do profissional, já que este terá visões diferentes da empresa. De
acordo com Zenobio, ao entender todo o processo de funcionamento da empresa,
aumentam as chances da pessoa ser promovida ou suceder alguém em alguma função.
“O ideal é escolher colaboradores com potencial para desempenhar outros
cargos, atuar em outras áreas e que queiram participar do processo para que o
job rotation seja proveitoso. A vantagem para a companhia é a possibilidade de
obter talentos e investir no crescimento de um colaborador que já está
acostumado com a cultura organizacional da empresa”, finaliza.