O processo de seleção costuma demorar um certo tempo. As empresas analisam
currículos, aplicam testes, realizam dinâmicas em grupo e entrevistas
individuais. A escolha do profissional é trabalhosa para a empresa e cansativa
para o candidato.
Apesar de ter conhecimento de todo este trabalho, alguns profissionais
aceitam a proposta do novo emprego pensando em sair após um curto período de
tempo na empresa.
Os motivos podem ser os mais variados, como realizar um MBA no exterior, ser
chamado para trabalhar em outra empresa ou para atuar no setor público.
A psicóloga e consultora em Recursos Humanos do Grupo Soma Desenvolvimento
Corporativo, Juliana Saldanha, declara não ser possível afirmar se esta situação
é prejudicial para a carreira do profissional.
“Tudo depende de cada situação. O que a gente prega como ideal é que a
carreira da pessoa seja desenvolvida junto com a empresa. Mas tem de ser
considerado também que as pessoas têm necessidades financeiras”, diz.
Ruim para a empresa
Além disso, ela acrescenta que cada experiência de trabalho é importante
para o profissional, independentemente do período em que permaneceu na empresa.
Já para as empresas, a saída de um profissional após um curto período de
tempo é considerada ruim. “Neste caso, existe um gap de produtividade. Há ainda
um custo, tanto de demissão quanto de contratação”, explica.
Falar a verdade
Para evitar constrangimentos e futuros aborrecimentos, a especialista indica
que o candidato seja honesto com a pessoa responsável pelo processo de seleção.
Diga a verdade sobre os planos futuros.
Em alguns casos, como estudar no exterior, a saída do profissional pode ser
encarada pelo empregador como uma possibilidade de aprimoramento, aumentando as
chances do profissional de voltar para a mesma empresa após a finalização do
curso.
Seja qual for a situação, se o profissional sabe que irá deixar o emprego
após um curto período, o mais indicado é que ele procure trabalhar em vagas
temporárias. “Estas vagas têm justamente este foco. Esta é a melhor solução, não
prejudica a empresa nem o profissional”, finaliza.