A virada do ano é sempre cheia de promessas: vou organizar minhas contas,
planejar meu futuro, viajar, deixar de fumar, começar a academia... Mas
colocá-las em prática não é tão simples assim.
Com relação às finanças, o planejamento deve começar, em primeiro lugar, pela
vontade de mudar. “Não consegue se planejar quem não tenta com seriedade, quem
não está disposto a admitir (para valer!) que o planejamento financeiro é uma
caixa de ferramentas para assegurar qualidade de vida em dias “complicados” como
os que vivemos. Porque lidar bem com dinheiro não é algo simples ou intuitivo,
não diante do universo de opções que temos hoje em nossa vida financeira”,
afirma o educador e planejador financeiro Marcos Silvestre.
E, para quem ainda não começou o “plano da virada” no orçamento, vale a
máxima: antes tarde do que nunca.
“O período de 12 meses para adotar o Plano da Virada, para mudar sua relação
com o dinheiro e transformar completamente sua vida financeira, pode (e deve!)
começar a qualquer momento do ano. Quanto antes, melhor!”, aconselha Silvestre,
que lançou, no final do ano passado, o livro “12 meses para enriquecer”.
Os riscos da falta de planejamento
Lidar bem com o dinheiro não é simples ou intuitivo, na opinião de
Silvestre, principalmente diante do universo de opções que temos em nossa vida
financeira.
Assim, a falta de planejamento pode custar bem caro. Para o especialista,
quem não se planeja só tem um caminho para realizar seus sonhos: as dívidas,
principalmente as não planejadas. “Um caminho que é mais arriscado, demorado e
custará bem mais para o seu bolso”.
Retomando o plano da virada
De acordo com o educador, iniciar um planejamento de sucesso é como começar
um regime alimentar: não há porque esperar a segunda-feira!
“Quem começar agora mesmo ganha a chance de festejar o Réveillon tendo muito
o que comemorar em termos de gastos mais econômicos, dívidas mais prudentes e
investimentos mais dinâmicos”, diz. “Quem arregaçar as mangas agora já poderá
entrar 2012 no caminho do enriquecimento contínuo”, completa.
Mais seis meses
Para Silvestre, os primeiros seis meses constituem o “período de fogo da
virada”, ou seja, são os meses no qual muita coisa é questionada e alterada na
vida financeira.
“Se houver persistência, a partir daí, os novos padrões de relacionamento
saudável com o dinheiro começam a virar hábito, e hábitos são padrões de
comportamento quase automáticos, algo que não se sofre para fazer, porque acaba
sendo natural. E os benefícios acabam falando mais alto”, revela.