Apenas a pesquisa não garante que o preço final não pese no orçamento da
família. Ficar atento aos direitos do consumidor, quando o assunto é material
escolar, ajuda a economizar. De acordo com o Ibedec (Instituto Brasileiro de
Estudo e Defesa das Relações de Consumo), os pais devem ficar atentos para não
cair em armadilhas e acabar pagando caro por isso.
Olhando a lista com atenção
Um dos primeiros pontos quando tiver a lista em mãos é lê-la com atenção. O
diretor do instituto, José Geraldo Tardin, alerta os pais para averiguarem se a
quantidade pedida pela escola está adequada. Caso haja alguma distorção,
questione e diretoria da escola.
Na segunda leitura da lista, veja o que é possível reaproveitar do ano anterior.
Além de garantir alguma economia, o reaproveitamento de materiais também ajuda o
meio ambiente. Na terceira leitura, veja se, de fato, o material pedido é de uso
individual.
Muitas escolas acabam colocando itens que não cabe aos pais adquirir. “É
proibido a solicitação por parte das escolas de materiais de uso coletivo,
material de higiene ou taxas para suprir quaisquer despesas com água, luz e
telefone, pois todos estes custos já estão incluídos no cálculo da mensalidade”,
ressaltou Tardin, por meio de nota.
Dessa forma, giz branco, copos descartáveis, papel higiênico, álcool, panos de
limpeza, por exemplo, devem ficar fora da lista. Da mesma forma que devem ficar
fora da lista especificação de marca do material bem como indicação de loja. A
escola, reforça Tardin, não pode exigir essas especificações.
De acordo com o diretor do Ibedec, também é possível adquirir apenas os itens
que devem ser utilizados no primeiro semestre. “Não é preciso comprar todo o
material no início de ano”, ressaltou.
Na hora da compra
Depois de uma leitura atenta da lista, agora os pais devem ir às compras. E
o primeiro passo, é a pesquisa de preços. Organizar grupos de pais para discutir
a possibilidade de negociar diretamente com os fornecedores é uma prática que
pode garantir uma economia maior.
Além do preço, também fique atento à segurança do seu filho, verificando os
produtos que podem trazer algum prejuízo a ele, como cola, tintas e fitas. Os
itens precisam conter informações claras sobre o fabricante, origem, instrução
de uso, grau de toxidade e validade.
Exija sempre a nota fiscal com os artigos discriminados. Recuse, quando for
relacionado apenas o código do produto, pois dificulta a sua identificação. E
lembre-se: tente comprar à vista e peça desconto. Se não tiver jeito, se for
financiar a compra, atente para os juros que ficarão embutidos na compra.
Uniforme escolar
Com relação ao uniforme escolar, os pais devem ter a atenção redobrada, pois
a escola não pode exigir que ele ou qualquer outro material seja comprado na
própria instituição. “A definição do tecido e a opção de contratar uma
costureira particular para o trabalho devem ser dadas aos pais, inclusive com
fornecimento da logomarca para impressão”, afirmou Tardin.
Por isso, os pais devem exigir das escolas a disponibilização de duas ou três
empresas para fornecimento do uniforme, que só pode pedir padronização de cores,
modelo e logotipo da escola.
Reclame!
Além de todas as dicas, lembre-se de que, para a compra de material escolar,
valem todas as regras que constam no Código de Defesa do Consumidor. Todo
estabelecimento é obrigado a ter um exemplar do CDC para consulta dos
consumidores. Portanto, se algo parecer errado, consulte a legislação. E
reclame.