Disposição e dinheiro suficientes para a reforma da casa. O único imprevisto,
porém, é que o imóvel em questão não é seu, mas alugado. O que fazer nessas
situações?
Neste caso, antes de tomar qualquer atitude, é indicado conversar com o
proprietário do imóvel, principalmente com relação aos custos que essa reforma
irá apresentar.
“O inquilino deve ter em mente que, ao entregar o imóvel diferente do jeito que
ele o alugou, pode lhe causar problemas financeiros”, afirma o coordenador do
curso de finanças da Veris Faculdade, Ednei Augusto Januário.
Como forma de preservar o orçamento, a dica, em casos como este, é partir para
uma conversa franca, para aparar as arestas do contrato e da situação com o dono
do imóvel.
Segure os gastos
A prática de boa conduta no mercado imobiliário prevê que o proprietário
tome para si a responsabilidade de arcar com gastos por eventuais reformas de
ordem de manutenção, como encanamentos, luz, entre outros.
Contudo, quando o assunto é mudança estrutural, pode haver discussão entre ambas
as partes. Para evitar que o dinheiro caia pelo ralo, o inquilino deve negociar
condições com o locador.
“Se o inquilino quer aumentar um cômodo da casa, por exemplo, ele deve
argumentar com o proprietário que deixará o imóvel, que nem pertence a ele, mais
valorizado”, diz Januário.
Como não há um regra específica, o consumidor pode procurar uma imobiliária e
mensurar, em termos de valores no mercado, quanto ficaria uma casa nesses
padrões que ele pretende construir.
"Esse é o melhor argumento que ele terá para o dono entrar com uma parte no
custeio ou abater algum percentual do aluguel", explica o coordenador.
Relacionamento
Verbos como pintar, reformar, ajustar não são inerentes na convivência entre
consumidor e proprietário. "Se você está há muitos anos na casa, e nunca deu
problema, esse é o seu mote. Quando se é novo, tudo deve ser acertado
previamente", observa o coordenador do curso de finanças.
Dando desconto no aluguel ou entrando com alguma parte do custo. Esses são os
temas dos principais embates envolvendo inquilino e proprietário. Portanto,
desenvolver uma relação amistosa com o dono pode tornar tudo negociável.
Orçamento
Colocar a mão no bolso para melhorar algo que não é seu requer muita
atenção. No caso de o inquilino ter a pretensão de ficar por mais alguns anos no
imóvel, explica Januário, deve-se abrir mão das economias e gastar com produtos
de primeira linha.
Essa também é um forma de poupar no futuro com novas manutenções. Em oposição a
esse cenário, levando em conta que o inquilino irá deixar logo o imóvel, é
valido segurar o orçamento e gastar, se necessário, com produtos alternativos.
Não é válido, porém, despender com produtos de segunda linha que poderão trazer
algum tipo de prejuízo para o proprietário. Quem sofrerá com impacto nessa
ocasião será o próprio consumidor.