O início, geralmente, se dá na escola. Ao longo do ensino fundamental, médio
e na faculdade a chance é de que o processo se intensifique. Estamos falando das
tradicionais panelinhas, algo completamente natural e inevitável. Mas quando
esse processo chega ao ambiente corporativo, por exemplo, como o gestor pode
atuar para minimizar a disputa interna?
De acordo com a consultora de Planejamento de Carreira da Ricardo Xavier
Recursos Humanos, Vanessa Patrocinio, tudo dependerá do modelo de gestão do
líder.
“Ele pode trazer segurança ou insegurança para os grupos e, assim, comprometer o
resultado da equipe. Tanto o líder quanto os funcionários podem ter posturas
diferentes na hora de lidar com as panelinhas, o que eleva a concorrência”,
afirma a consultora.
Por outro lado, Vanessa chama a atenção para as “panelinhas benéficas”, que são
capazes de proporcionar a união da equipe. "Nesse caso, existe uma forma de
integração. O líder, aí, deve apenas manter os olhos para que nada fuja do
controle da empresa", completa Vanessa.
Unir os funcionários em prol da companhia
A forma mais adequada de um líder se posicionar, tomando como base a disputa
entre duas panelas, é colocando à frente de tudo e de todos a missão e os
valores da empresa.
Partindo dessa premissa, ele irá obstruir todos os espaços dessas panelinhas se
exporem e levarem a companhia ao caos. O objetivo máximo, explica a consultora,
é que o gestor impeça a expansão das fofocas e da improdutividade.
"O gestor deve conseguir a confiança não só das panelas, mas de funcionários
específicos. Ele deve dar abertura a todos os colaboradores, fazendo com que
todos sintam-se acolhidos e tenham respaldo", explica Vanessa.
No caso de ser um gestor que tenha autonomia e transite em todas as áreas da
companhia, ele terá mais facilidade para conscientizar e minimizar a disputa
entre as equipes.
Comportamento dos funcionários
Como já mencionado pela consultora, tudo irá depender da forma de trabalho e
atuação desse gestor. É importante, contudo, que ele atue pontualmente nos
problemas.
"Ele deve se dedicar também às pessoas que não conseguiram fugir da 'síndrome
das panelas'. Deve utilizar várias ferramentas com estes profissionais e, se for
o caso, até remanejá-los para o bem da própria pessoa", conclui a especialista.