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Ações / Bolsa de Valores - Fundos de ações são opção para investidor com sangue frio 

Data: 23/04/2010

 
 
Estudo mostra que a bolsa dá o melhor retorno no longo prazo, mas investidor precisa ter estômago para suportar a alta volatilidade e tempo para recuperar eventuais perdas

Investimento em ações: maiores chances de ganhar dinheiro no longo prazo

O investimento em ações costuma mexer com a mente dos que sonham com o enriquecimento súbito. Histórias de investidores que se tornaram milionários aproveitando bons momentos nas bolsas pautam blogs na internet, ocupam as prateleiras das livrarias e enchem de alunos as salas onde são ministrados cursos sobre o mercado acionário. Contudo, ganhar com as oscilações da bolsa requer um conhecimento que não surge da noite para o dia. Para os iniciantes, entregar o dinheiro a um profissional com tempo para acompanhar o noticiário econômico e experiência para avaliar o impacto dos fatos sobre as cotações parece o caminho mais sábio a seguir. E a forma mais fácil de fazer isso é investir seu dinheiro em um fundo de ações.

Ainda que essa seja uma boa alternativa para o investidor pouco experiente, delegar a administração a um gestor não livra a aplicação dos riscos associados à renda variável. Os fundos de ações investem no mínimo 67% do seu capital em papéis negociados na bolsa, o que significa que pelo menos dois terços do patrimônio ficam sujeitos às oscilações do mercado. Portanto, especialistas desaconselham investimentos de curto prazo em bolsa, mesmo por meio de fundos.

Para quem tem planos financeiros mais longos, a história é outra. Há fundos com aplicação inicial mínima muito baixa, a partir dos 100 reais. Aquiles Mosca, estrategista de investimentos da Asset Management do Santander, sublinha que as vantagens não devem ser desperdiçadas. "Em horizontes superiores a três anos, a freqüência de resultados positivos na bolsa anula os eventos negativos, com retornos de pelo menos 20% acima dos juros. Quem está fazendo a aposentadoria, mesmo sendo muito conservador, não tem porque não tirar proveito disso."

A corretora TOV fez um estudo sobre o desempenho da bolsa brasileira nos últimos 42 anos e concluiu que, no longo prazo, as ações são mesmo a modalidade mais lucrativa do mercado. O rendimento médio do Ibovespa desde sua criação ficou em 31,28% ao ano - o que hoje não se consegue facilmente com nenhuma aplicação. É verdade que o resultado não é linear. O índice registrou 26 anos de alta e 16 anos de baixa, o que mostra que os riscos existem e não devem ser menosprezados. Ainda assim, se o investidor pretende fazer um resgate a longo prazo, dificilmente não terá algumas chances de sair da aplicação com um bom lucro.

A hora é boa?

Para quem ainda não se convenceu de que a bolsa pode oferecer boas oportunidades, analistas lembram que a economia brasileira vive um dos melhores momentos dos últimos 30 anos. O país conseguiu superar rapidamente a crise que chacoalhou as maiores economias do mundo. Os investimentos em infraestrutura podem deslanchar com a Copa e as Olimpíadas. A redução da dívida pública levou as maiores agências de classificação de risco do mundo a concederem o grau de investimento ao Brasil.

A queda dos juros também deve ser essencial para o sucesso da bolsa. Segundo a agência de classificação de risco Fitch, a remuneração do CDI (taxa de referência para aplicações em títulos públicos pós-fixados) diminuiu para 9,9% em 2009 - contra uma média de 17% nos anos anteriores. A expectativa dos analistas é de que as taxas de juros continuem a cair no longo prazo. "Antigamente, você colocava dinheiro na renda fixa e ganhava muito mais que 1% ao mês. A situação mudou e para obter o mesmo retorno, o investidor terá que focar em outras classes de ativos", afirma Frederico Sampaio, gestor de renda variável da Franklin Templeton Investimentos Brasil.

André Paes, diretor de Estratégias e Investimentos da Infinity Asset, faz coro. Ele defende que o brasileiro vem mudando sua cultura em função de uma combinação entre menores taxas de juros e expectativas de resgate mais demoradas. "O investidor já não tem o ranço de uma bolsa inconstante e sabe que ações são para se comprar na baixa e tirar no médio e longo prazo", diz.

A quantidade de dinheiro que deve ser colocada em bolsa depende do perfil do investidor. Aos aplicadores agressivos, o conselho é alocar de 40 a 60% de seus recursos nos fundos de ações. Os moderados podem destinar de 20 a 30% do patrimônio, fatia que encolhe para 5 a 10% do capital no caso de investidores conservadores.

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Ativos x Passivos

Quem optar pelos fundos de ações pode escolher entre dois tipos de gestão. Quando busca superar a rentabilidade de um determinado índice, como o Ibovespa ou IBrX, o fundo é classificado como ativo. Neste caso, os gestores colocam o talento à prova na seleção dos papéis. Parte-se da ideia de que as informações públicas não traduzem fielmente o valor das cotações e somente uma análise precisa das empresas listadas na Bolsa poderia indicar preços mais justos para os papéis.

As apostas se baseiam no exame de inúmeras variáveis, como a evolução da taxa de juros e o comportamento de diferentes setores. E o preço de todo este trabalho chega ao investidor na forma das taxas de administração mais caras, que na média ficam em 2,2% ao ano, mas podem chegar a até 8% em alguns casos. Segundo André Paes, da Infinity Asset, a cobrança não é despropositada. "O importante é comparar o custo e a rentabilidade dos fundos. A situação pior é pagar pouco e não ter nenhum rendimento", diz.

Se a intenção de um fundo de ações for apenas replicar o resultado de determinado benchmark, o investimento terá uma gestão passiva. Esse é o caso dos índices que seguem o Ibovespa, por exemplo. A composição da carteira reproduz a do índice seguido, o que torna a montagem de portfólio mais simples e menos dispendiosa. Para o consultor financeiro Maurício Galhardo, as taxas que hoje orbitam no patamar de 2% para fundos de ações em geral soam quase abusivas na gestão passiva. "A carteira já nasce pronta e vai sofrer poucas mudanças. Pagando acima de 1,5%, o investidor já começa a queimar os lucros."

A rigidez de um fundo passivo também traz benefícios. Como muitos índices utilizados no mercado acionário brasileiro são compostos pelos ativos mais negociados na bolsa, as estratégias destes fundos contam com ações mais líquidas, que são procuradas e negociadas com frequência. Além disso, a segmentação setorial já existente nos indicadores nacionais, dentre os quais estão o IMOB (Índice BM&FBovespa Imobiliário), ICON (Índice BM&FBovespa de Consumo) e IEE (o Índice de Energia Elétrica), permite que os gestores diversifiquem a carteira sem abrir mão da administração passiva, considerada mais segura e barata.

Finalmente, é importante lembrar que sobre o lucro de qualquer fundo de ações recai uma alíquota de 15% de Imposto de Renda. Ao contrário do que acontece com outros tipos de fundos, a tributação acontece no momento do resgate das quotas e independe do prazo da aplicação.



 
Referência: Portal Exame
Autor: Marcela Ayres
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Abaixo colocamos mais algumas dicas :