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Finanças pessoais - Quando chega a hora de retribuir aos pais, como organizar as finanças? 

Data: 29/06/2010

 
 

Eles cuidaram de você, ensinaram muito do que sabem e deram uma ajuda financeira para que você começasse a sua vida adulta, seja pagando a faculdade, seja ajudando na formação de um patrimônio. Chegou a hora de retribuir aos pais. Mas como organizar as finanças para isso?

De acordo com o educador financeiro Álvaro Modernell, quando os pais precisam, é importante que os filhos ajudem. “A gratidão e a responsabilidade familiar são sentimentos importantes que devem existir”, disse.

Um primeiro passo importante é auxiliar os pais quanto aos seus gastos, quando pararem de trabalhar. “É bom que pais e filhos conversem a respeito para melhor lidar com a situação e que os pais diminuam os gastos”.

Provavelmente, depois de parar de trabalhar, a pessoa que não fez um planejamento financeiro adequado – por falta de consciência ou de oportunidade – poderá ter uma queda brusca na renda, o que deve exigir uma adequação dos gastos.

Plano de saúde: aliado do bolso!
Além do papel de “educador financeiro”, os filhos também podem ajudar financeiramente os pais. Neste caso, o ponto mais importante é fazer um plano de saúde, uma vez que os gastos na terceira idade são, em sua maioria, com remédios e idas ao médico.

“É mais caro contratar o plano, mas dá estabilidade ao orçamento e reduz elementos-surpresa”, comentou Modernell. Mas certifique-se sobre a qualidade do plano, pois nada adianta tê-lo se ele não irá cobrir o que precisa.

Quanto antes checar as coberturas para os pais, melhor, pois cria-se uma relação melhor com a seguradora e é possível negociar os valores. Veja se você não consegue colocá-los como dependente também no seu plano de saúde.

Mesmo que eles ainda sejam novos e estejam em boas condições de saúde, vale a pena pensar no assunto. Quanto mais o tempo passa, mais caro fica o plano e é mais difícil incluir uma cobertura.

O seu orçamento
A ajuda aos pais só será possível se você tiver o orçamento em equilíbrio. Modernell indica que se tenha uma reserva de emergência, ao economizar entre 10% e 15% de tudo o que ganha por mês.

Também é interessante ter um plano de previdência privada. “Não para juntar um valor específico, mas para que se possa contar com esse valor guardado para ter tranquilidade financeira ou dar assistência aos pais”, pondera.

A quem realmente não tem condições de ajudar os pais financeiramente, é possível tomar atitudes que mesmo assim farão diferença.

“As despesas devem ser compartilhadas entre os filhos. Quem tem maior poder aquisitivo pode ajudar mais. Quem não puder ajudar pelo lado financeiro, que dê uma ajuda que desonere os pais. Em vez de eles gastarem com um táxi, por exemplo, dê uma carona”, enfatizou Modernell.



 
Referência: InfoMoney
Autor: Flávia Furlan Nunes
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