A base para qualquer planejamento é a responsabilidade. Para a aposentadoria,
não poderia ser diferente. Mas existem riscos que podem colocar tudo a perder.
No campo pessoal, o problema mais propício que poderá surgir ao profissional
é a questão da infelicidade. O que esse indivíduo irá realizar durante este
período? Ele está fortificando a estrutura financeira, mas e a pessoal?
“Todas as pessoas que pensam em aposentadoria objetivam a questão monetária.
Mas o primordial é a felicidade para o futuro que está batendo na porta”, afirma
a consultora da DBM, Carmelina Nickel.
Na ocasião, explica Carmelina, o aposentado deve intensificar os momentos com
a família, e trabalhar por menos tempo. Essa é a hora de refletir sobre a
qualidade de vida no futuro.
Carreira
Frente ao processo, cabe ao profissional analisar as pretensões de continuar
ou não ativo no mercado. Desenvolver uma segunda carreira e realizar um trabalho
que até o momento não havia conseguido fazer.
Por sua vez, o aposentado pode decidir por passar o resto da vida viajando.
Em vista disso, no decorrer do planejamento, é primordial a opinião e orientação
de um consultor especializado no tema.
“É preciso muito cuidado ao injetar dinheiro em um novo projeto. Se o
dinheiro é reservado para o conforto financeiro, o profissional tem de ponderar
o investimento em projetos desafiadores”, explica Carmelina. “É importante ter
um planejador financeiro para analisar tudo o que você tem, tudo o que
economizou e no que investir o dinheiro”, completa.
Na avaliação de Carmelina, o profissional deve basear-se em um conforto
financeiro de, no mínimo, dois anos.
Segundo a consultora, os investimentos de risco durante o processo de
aposentadoria são dirigidos, em boa parte, aos filhos. Essa pessoa, além de
gastar as economias, irá gastar tempo com os filhos, netos e outros, pondera a
consultora.
Saúde para dar e vender
Não adianta planejar a vida financeira e esquematizar as futuras
possibilidades, se o profissional descartar a saúde. “A partir desse momento,
deve-se manter a periodicidade nas consultas médicas e na realização dos
exercícios físicos".
Para Carmelina, esse momento de contemplação é único e precisa ser muito bem
aproveitado. "Não seja amador com a própria vida, somos tão profissionais na
empresa que, quando vamos pensar na vida, somos amadores, queremos improvisar
com a própria vida".